Assim como os demais compostos químicos, a nomenclatura dos polímeros é definida pelas normas internacionais publicadas pela IUPAC – International Union of Pure and Applied Chemistry, para que não haja duplicidade de compostos na base de dados científicos. Basicamente as normas indicam que deve-se iniciar a nomenclatura com o prefixo “poli” seguido pela unidade estrutural que se repete (monômero), escrito entre parênteses, desse modo: poli(tio-1,4-fenileno). A nomenclatura da IUPAC se aplica apenas aos polímeros mais complexos, e que foram descobertos após a criação das normas, em 1952.
A nomenclatura usual dos polímeros, principalmente os que foram descobertos antes de 1952, que data a criação das normas internacionais da IUPAC, utiliza o prefixo “poli” seguido do nome usual do monômero que forma o material, e nem sempre entre parênteses, como por exemplo, o polietileno; já o acrílico utiliza parênteses em sua nomenclatura usual: poli(metil-metacrilato). É muito comum utilizarmos siglas quando falamos em polímeros, no caso do polietileno a sigla é PE e do acrílico, a sigla que representa este material é o PMMA. No caso de copolímeros, ou seja, compostos formados por mais de um tipo de polímero, a nomenclatura usual não utiliza o prefixo “poli”, apenas os polímeros que compõem a cadeia polimérica, como por exemplo o ABS (acrilonitrila - butadieno – estireno), e em casos de materiais elastoméricos (com características semelhantes às borrachas) utiliza-se o termo borracha de seguida da sigla do(s) polímero(s) que compõe(m) o material, por exemplo, borracha de SBR (estireno – butadieno).
Temos ainda a nomenclatura comercial dos polímeros, ou seja, a marca registrada dos materiais comercializados. Independentemente da empresa que produz este material, como mencionado acima, temos o acrílico, que nada mais é que o poli(metil-metacrilato) ou poli(metacrilato de metila). Comumente o nome comercial que está atrelado a determinado polímero é o da empresa que descobriu o material ou que comercializou o mesmo assim que descoberto, como acontece com a Poliamida 6.6, que foi patenteada pela empresa Dupon como Nylon®, e é conhecida por esse nome até os dias atuais.
Dessa forma, veremos na tabela abaixo exemplos de nomenclaturas IUPAC, usual, comercial e a sigla de alguns polímeros:
NOMENCLATURA IUPAC | NOMENCLATURA USUAL | NOMENCLATURA COMERCIAL | SIGLA |
poli(metileno) | polietileno | Polietileno | PE |
poli(1-feniletileno) | poliestireno | Styroflex® | PS |
poli(1-cloroetileno) | poli(cloreto de vinila) | PVA | |
poli[1-(metoxicarbonil)1-metileno] | poli(metacrilato de metila) | Acrílico, Pexiglas | PMMA |
poli[imino(1,6-dioxihexametileno)iminohexametileno] | Poliamida 6.6 | Nylon® | PA 6.6 |
Referências:
Canevarolo Jr., Sebastião V. – Ciência dos Polímeros: um texto básico para Tecnólogos e Engenheiros. São Paulo, Editora Artiliber, 2002.
https://iupac.org/
http://www.profjuarezdenadai.yolasite.com/resources/APOSTILA%20QU%C3%8DMICA%20DOS%20POL%C3%8DMEROS%202011.pdf
http://enoisnaquimica3.blogspot.com.br/2014/12/nomenclatura-dos-polimeros.html
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