Olavo Bilac

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac foi contista, jornalista e poeta brasileiro. Foi um dos principais representantes do Movimento Parnasiano, valorizando as rimas ricas e as regras da composição poética. A letra do “Hino à Bandeira” brasileira é de sua autoria.

Olavo Bilac nasceu no Rio de Janeiro em 16 de dezembro de 1865. Era filho de Brás Martins dos Guimarães, um cirurgião do exército, e de Delfina Belmira Gomes de Paula. Seu pai participou da Guerra do Paraguai, fato pelo qual só veio conhecer o filho em 1870.

Olavo Bilac, aprox. 1895. Foto: via Wikimedia Commons

Olavo cresceu às voltas com histórias e hinos militares.

Em 1880 iniciou a Faculdade de Medicina e depois cursou Direito, não concluindo nenhum dos cursos. Preferiu se dedicar às letras, envolvendo-se com poesia e jornalismo. Em 1883 publicou suas primeiras poesias, na “Gazeta Acadêmica”.

No mesmo ano conheceu Alberto de Oliveira e se apaixonou por sua irmã, Amélia de Oliveira. A família foi contrária à união, por não aceitar a vida boêmia que o poeta levava.

Durante os anos seguintes, foi colaborador de vários jornais e revistas, entre eles “Gazeta de Notícias” e “Diário de Notícias”.

Em 1886 passou a escrever para “A Semana” junto com grandes nomes, como Machado de Assis, Alberto de Oliveira, Coelho Neto, Raimundo Correia e Aluísio Azevedo.

Em 1888 publicou seu primeiro e principal livro, “Poesias”. Em 1889 escreveu a letra do “Hino à Bandeira”.

Era republicano e nacionalista, opondo-se ao governo de Floriano Peixoto em 1893. Ficou preso e exilado em Ouro Preto, na época capital de Minas Gerais. Durante o exílio escreveu “O Caçador de Esmeraldas”. Em 1897 foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, ocupante da cadeira número 15.

Em 1907, Olavo Bilac atingiu o auge da popularidade e foi eleito o primeiro “Príncipe dos Poetas Brasileiros”, concurso promovido pela revista “Fon-Fon”. Em 1914 foi nomeado pelo governo de Venceslau Brás e percorreu o Brasil divulgando campanhas em prol da alfabetização e do serviço militar obrigatório.

Em 1915 fundou a “Liga de Defesa Nacional”, fazendo diversas conferências cívicas. Juntamente com Raimundo Correia e Alberto de Oliveira, Olavo Bilac formou a famosa “Tríade Parnasiana”; considerada como a maior liderança e expressão do movimento no país. Seu poema “Profissão de Fé” se transformou em uma espécie de postulado do Parnasianismo. Nele, Olavo compara o poeta com o ourives, pois as duas profissões buscam a perfeição através de um trabalho detalhista. Em sua visão, as palavras precisam ser trabalhadas minuciosamente para atingirem a pureza linguística e a elegância do vocabulário.

Olavo Bilac faleceu dia 28 de dezembro de 1918 no Rio de Janeiro.

Algumas obras:

  • Poesias, 1888
  • Via Láctea, 1888
  • Sarças de Fogo, 1888
  • Crônicas e Novelas, 1894
  • O Caçador de Esmeraldas, 1902
  • As Viagens, 1902
  • Alma Inquieta, 1902
  • Poesias Infantis, 1904
  • Crítica e Fantasia, 1904
  • Tratado de Versificação, 1905
  • Conferências Literárias, 1906
  • Ironia e Piedade, crônicas, 1916
  • A Defesa Nacional, 1917
  • Tarde, poesia, 1919 (publicação póstuma)

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