Platão (428 a.C.-347 a.C.) foi filosofo grego, considerado um dos principais pensadores de sua época.
Discípulo de Sócrates, procurava transmitir uma profunda fé na razão e na verdade, adotando o lema de Sócrates "o sábio é o virtuoso".
Escreveu diversos diálogos filosóficos, entre eles "A República", obra dividida em dez volumes.
Estátua de PlatãoPlatão nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 428 a.C. De família nobre, estudou leitura, escrita, música, pintura, poesia e ginástica.
Excelente atleta, participou dos Jogos Olímpicos como lutador. Desejava fazer carreira política mas, muito cedo, tornou-se discípulo de Sócrates, com quem aprendeu a discutir os problemas do conhecimento do mundo e das virtudes humanas.
Quando Sócrates morreu, desiludiu-se com a política e dedicou-se à filosofia. Resolveu eternizar os ensinamentos do mestre, que não havia redigido nenhum livros, escreveu vários diálogos onde a figura principal é Sócrates.
Platão opôs-se à democracia ateniense e abandonou sua terra. Viajou para Megara, onde estudou Geometria, foi ao Egito, onde dedicou-se à Astronomia, em Cyrene (Norte da África) dedicou-se à matemática, em Crotona (Sul da Itália) reuniu-se com os discípulos de Pitágoras.
Esses estudos deram-lhe a formação intelectual necessária para formular suas próprias teorias, aprofundando os ensinamentos de Sócrates.
Quando voltou à Atenas, por volta de 387 a.C., fundou sua escola filosófica "Academia", onde reunia seus discípulos para estudar Filosofia, Ciências, Matemática e Geometria.
Tal foi a influencia de Platão, que sua Academia subsistiu, mesmo após sua morte. Em 529, o imperador romano Justiniano mandou fechar a Academia, mas a doutrina platônica já tinha sido amplamente difundida. O Platonismo designa o conjunto das ideias de Platão.
VEJA TAMBÉM: SócratesDas obras de Platão, cerca de trinta chegaram até nossos dias. As mais célebres foram escritas sob a forma de diálogo:
Ele estava empenhado em um grande tratado - "As Leis", quando morreu, no ano de 347 a.C.
Aplicando sua filosofia, Platão imaginou na "República", uma sociedade ideal dividida em três classes, levando em conta a capacidade intelectual de cada indivíduo.
A primeira camada, mais presa às necessidades do corpo, seria encarregada da produção e distribuição de gêneros para toda a comunidade: lavradores, artífices e comerciantes.
A segunda classe, mais empreendedora se dedicava à defesa: os soldados. A classe superior, capacitada para servir-se da razão, seria a dos intelectuais, com poder político, assim os reis teriam de ser escolhidos entre os filósofos.
VEJA TAMBÉM: Platonismo, a Filosofia de PlatãoPlatão escreveu em forma de diálogo, no livro VII da "República", a história "mito da caverna", onde relata a vida de alguns homens que desde a infância se encontram aprisionados em uma caverna, com uma pequena abertura por onde penetra a luz.
Os homens passam o tempo olhando para uma parede de fundo. Lá fora, nas costas dos cativos, brilha um fogo aceso sobre uma colina e entre ela e os presos, passam homens carregando pequenas estátuas. As sombras desses passantes são projetadas no fundo da caverna.
As vozes ouvidas são atribuídas às próprias sombras, para eles a única realidade. Quando um dos cativos consegue evadir-se, percebe que tinha vivido num mundo irreal.
Platão usa todas essa imagens para dizer que o mundo que percebemos com nossos sentidos, é um mundo ilusório e confuso, é o mundo das sombras.
Mas esta realidade sensível não é todo o universo. Há um reino mais elevado, espiritual, eterno, onde está o que existe de verdade, é o mundo das ideias, que só a razão pode conhecer, e que apenas os filósofos podem perceber.
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