A OMS considera epidemia se a cada 100 mil habitantes 300 tiverem a mesma doença no mesmo local. O histórico de epidemias do Brasil surge com a vinda dos portugueses, tendo como a primeira epidemia relatada a varíola em 1563, afetando principalmente os indígenas por nunca terem tido contato com a doença e usarem pertences pessoais e roupas dos europeus contaminados. Os europeus viram essa epidemia e o desconhecimento dos indígenas como uma oportunidade de se apossar de suas terras. Então, os europeus deixavam roupas contaminadas em trilhas para que os indígenas as encontrassem e usassem. Durante séculos não se tinha informações suficientes da doença, o meio de se a controlar a epidemia era isolar os enfermos e descartar seus objetos pessoais. Sendo uma doença viral, a varíola traz consigo os sintomas de uma gripe comum, evoluindo para protuberâncias inflamadas na pele, levando ao óbito. A doença foi erradicada, segundo a OMS, em 1980.
O primeiro relato de tuberculose no Brasil se dá em 1549, trazida pelo padre enfermo Manuel da Nóbrega. Em 1555 a doença se alastrou, infectando por volta de 1 em cada 150 habitantes. No século XX, 10% dos óbitos na cidade de São Paulo eram resultantes da tuberculose. Medidas como saneamento básico e melhores métodos de higiene pessoal reduziram essa taxa ao longo das décadas.
Com o crescimento do Brasil, portos foram instalados nos litorais brasileiros, principalmente para exportação de café e tráfico de escravos. Com isto novas epidemias surgiram com mais frequência.
A febre amarela foi introduzida no Brasil com a vinda dos navios negreiros, causando um surto da doença na cidade de Olinda e se alastrando para o interior do estado de Pernambuco, chegando a Salvador em 1685. Mais tarde, em 1849, houve uma epidemia originária de um navio vindo de New Orleans e Havana, contagiando moradores da cidade do Rio de Janeiro e se alastrando por todo o litoral Brasileiro.
A peste negra ou peste bubônica surgiu no porto de Santos no estado de São Paulo e em apenas 3 meses chegou ao Rio de Janeiro (Capital Federal na época).
Os primeiros relatos de epidemias de dengue no Brasil se dão em 1986, nas regiões Nordeste e Sudeste, se agravando em 1990 com a introdução do segundo sorotipo (DEN-2) e, mais tardar, em 2001 com a introdução do terceiro sorotipo (DEN-3). Atualmente a dengue é uma grande epidemia enfrentada pela população brasileira, em 2015 chegando a 1.649.008 de casos da doença, com um novo caso de dengue a cada 12 segundos. Além da dengue, o Brasil enfrenta epidemia de Zika vírus, que foi introduzida na Copa do Mundo de 2014.
Bibliografia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_amarela#Hist.C3.B3ria http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/01/pais-teve-16-milhao-de-casos-de-dengue-em-2015.html http://especiais.g1.globo.com/ciencia-e-saude/epidemia-de-dengue/2015/ http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?pid=S1679-49742007000200006&script=sci_arttext https://pt.wikipedia.org/wiki/Var%C3%ADola#Sintomas http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2012/v10n3/a2886.pdf http://www.hcte.ufrj.br/downloads/sh/sh4/trabalhos/Vagner%20Souza.pdf
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