De toda a energia do Sol que chega à superfície da Terra, por volta de 9% corresponde à radiação ultravioleta. Trata-se de um tipo de radiação eletromagnética com comprimento de onda de 200 a 400 nm e de frequência maior que a luz visível (daí o nome ultravioleta, pois o violeta é a cor de maior frequência que a visão humana consegue enxergar).
A radiação ultravioleta, ou simplesmente UV, é a mais energética entre aquelas emitidas pelo sol e por isso apresenta mais perigos para diversas formas de vida da superfície terrestre. Mas, felizmente, contamos com uma importante proteção contra os malefícios provocados pela incidência desses raios, que é a camada de ozônio (O3). Essa camada forma-se na atmosfera terrestre, entre 12 e 32 km de altitude aproximadamente, e atua como um escudo, impedindo que a maior parte da radiação ultravioleta alcance a superfície do planeta.
A radiação ultravioleta pode ser classificada em três tipos: UVA, UVB e UVC. Os raios UVA têm um comprimento de onda de 320 a 400 nm e são os de maior incidência na superfície terrestre, uma vez que não são absorvidos pela camada de ozônio. Eles correspondem à maior porção do espectro ultravioleta e incidem de igual maneira durante todo o dia e em todas as estações do ano, incluindo dias nublados e com baixa luminosidade.
Os raios UVB, com comprimento de onda na faixa de 280 a 320 nm, são parcialmente absorvidos pela camada de ozônio, por isso apresentam maior incidência durante o verão, principalmente, no período das 10h às 16h, em regiões de altitudes elevadas e próximas à linha do Equador (como o Brasil, por exemplo).
Já os raios UVC apresentam um comprimento de onda menor que 280 nm, sendo, portanto a radiação que menos se aproxima da luz visível. São muito nocivos à biosfera, porém, não acometem a Terra porque são completamente absorvidos pela camada de ozônio. Através de fontes artificiais, a radiação UVC é aplicada na esterilização de materiais cirúrgicos e em processos de tratamento de água, graças à sua propriedade bactericida.
Em se tratando de saúde humana, os raios ultravioleta trazem alguns sérios danos. Os raios UVA, embora não causem queimaduras, são capazes de penetrar nas camadas mais profundas da pele e danificam as fibras de colágeno e elastina, causando o envelhecimento precoce. Os raios UVB, por sua vez, provocam vermelhidão da pele (eritrema) e queimaduras. A superexposição a esses raios, além dessas complicações, também pode levar ao surgimento de sardas e machas e até aumentar o risco de desenvolver câncer; sem esquecer dos prejuízos aos olhos, como catarata e cegueira.
Por outro lado, a ação dos raios ultravioleta também pode apresentar benefícios à vida humana. A vitamina D, substância muito importante ao metabolismo do cálcio e do fósforo, é sintetizada pela pele somente quando há exposição aos raios ultravioleta. Mas essa exposição deve ocorrer de forma moderada, preferencialmente em horários de menor incidência: antes das 10 horas da manhã e após as 16h.
Como medida preventiva, recomenda-se o uso contínuo de filtro solar, de preferência com proteção contra os raios UVA e UVB. É importante se atentar, também, ao fator de proteção solar desses produtos, ou FPS, que é o número de que determina a quantidade de tempo que um indivíduo pode ficar exposto à radiação ultravioleta sem se queimar. Quanto mais alto for o fator, maior o tempo de exposição segura. Usar óculos escuros com proteção contra raios ultravioleta e evitar exposições prolongadas e bronzeamentos artificiais também são cuidados muito importantes.
Referências: http://raios-ultravioleta.info/ http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=21 http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/laboratorios/fiea/radiacao_uv_portugues.pdf
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