A Região Nordeste é formada por nove estados litorâneos e ocupa uma área de 1.554.291.607 km2, o equivalente a 18,27% do território brasileiro.
A região era formada por grande extensão de Mata Atlântica. Foi a primeira a ser explorada economicamente pelo colonizador português, que plantava além de outras culturas, a cana-de-açúcar e o cacau, o que contribuiu para o desmatamento da região.
Na Região Nordeste inclui a Reserva Biológica do Atol das Rocas, que pertence ao estado do Rio Grande do Norte.
Está presente também o arquipélago de Fernando de Noronha, paraíso ecológico e turístico que pertence ao estado de Pernambuco.
Essa região ocupa a maior costa litorânea do país. A cidade de Teresina, capital do Piauí, é a única capital da região que não está situada no litoral.
Os nove estados da Região Nordeste e suas capitais são:
As cidades históricas da região Nordeste, com seus monumentos e edifícios que remontam da época colonial, favorecem o turismo.
São Luís é a única cidade brasileira fundada pelos franceses, foi dominada pelos holandeses, mas tem prédios com características portuguesa.
João Pessoa foi considerada a segunda cidade mais arborizada do mundo. Recife guarda particularidades por ter sido a sede do governo holandês no Brasil, e da colonização portuguesa.
Salvador, com suas construções coloniais, é destacada como o centro da cultura africana no Brasil.
O Nordeste se destaca também pelo rico artesanato, pelas festas folclóricas e pela comida típica.
VEJA TAMBÉM: Cultura do NordesteA Região Nordeste foi demarcada em quatro sub-regiões, observando-se aspectos característicos de cada área: Zona da Mata, Agreste, Sertão e o Meio Norte.
A Zona da Mata do nordeste brasileiro compreende uma faixa litorânea, que se estende do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia.
O clima é o tropical úmido, com temperaturas entre 25 e 31 graus ao longo do ano. Na Zona da Mata, as chuvas são irregulares, tendo maior ocorrência nos meses de abril a julho. O relevo é formado por planaltos, planícies e depressões em diferentes altitudes.
Pouco restou da Mata Atlântica que cobria a região. Há hoje pequenas áreas isoladas, considerando que a agroindústria canavieira cobre grande extensão de terra.
A Zona da Mata tornou-se um polo industrial de grande importância para o País.
O sul da Bahia, que já foi um grande produtor e exportador de cacau, teve seu declínio com o ataque da praga vassoura de bruxa, que gerou uma crise econômica na região.
Com a descoberta de petróleo no Recôncavo Baiano, região próxima a capital Salvador, com a instalação de uma refinaria na cidade de Mataripe e a criação do polo petroquímico de Camaçari, no município de mesmo nome, a economia voltou a crescer.
A partir da década de 60, a região recebeu várias indústrias nos setores de cimento, borracha, papel, calçados, produtos alimentares entre outros.
Em 1973, com o início das obras do porto de Suape, na cidade de Ipojuca, a Zona da Mata pernambucana surge como grande polo industrial, com a instalação de mais de 90 empresas, entre elas uma refinaria e um estaleiro. Suape tornou-se também, pela sua localização, um grande exportador da região.
A Zona da Mata, com grande extensão litorânea, tem praias, com águas quentes, que estão entre as mais bonitas do país, exibem paisagens diversificadas, entre coqueirais, dunas, falésias, piscinas naturais, manguezais, recifes, corais etc., que permitem a prática de esportes náuticos.
VEJA TAMBÉM: Clima da Região NordesteO Agreste nordestino se estende numa faixa estreita e paralela à zona da mata, que vai do Rio Grande do Norte até grande parte da Bahia.
Apresenta um clima de transição entre o tropical úmido do litoral e o semiárido do sertão, com temperaturas que variam entre 18 e 30 graus.
O relevo da Zona do Agreste é acidentado, com planaltos que fazem barreira, evitando que o ar que vem do litoral leve a brisa úmida para a região. Em áreas que formam vales entre o planaltos, o ar consegue passar e surgem brejos, favorecendo à agricultura nessa região.
O cultivo de milho, feijão, frutas tropicais, mandioca e verduras, como também a criação de gado e caprinos, abastecem os mercados da região do Agreste e também a Zona da Mata.
A Zona do Agreste também fornece mão de obra para a zona da mata, no período do corte da cana-de-açúcar.
As cidades que mais se destacam nessa região são: Caruaru e Garanhuns em Pernambuco; Feira de Santana na Bahia e Campina Grande na Paraíba.
O Sertão nordestino corre paralelo à Zona do Agreste, se alargando ao sul, por quase todo o estado da Bahia. É a maior das quatro zonas nordestinas.
Com o clima semiárido, e com poucas chuvas, chegando a mais de 40 graus no verão, sofre períodos longos de seca, como a que ocorreu entre 1979 a 1984. Com as frequentes estiagens, uma grande parte de sertão, recebeu o nome de “Polígono das Secas”, área que corresponde a 10% do território brasileiro. O solo do sertão é seco e pedregoso.
A vegetação predominante é a caatinga, onde se destacam o umbuzeiro, o xique-xique, o mandacaru e a palma, plantas resistentes ao solo seco.
No sertão dos estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, encontram-se grandes áreas de lavoura de algodão arbóreo, de fibra longa e muito resistente que abastece as indústrias têxteis.
A área de sertão, que vem se alargando, ao longo dos anos, quase atinge o litoral do Ceará e Rio Grande do Norte.
No vale do rio Açu, no Rio Grande do Norte, se destaca a fruticultura irrigada, mudando a paisagem e a economia local..
No vale do rio São Francisco, nas cidades de Petrolina em Pernambuco e Juazeiro na Bahia, onde se desenvolvem a agricultura de irrigação, o cultivo de manga, melão, mamão e uva, abastecem o mercado interno e grande parte é exportada.
O cultivo de uvas, de excelente qualidade, fez surgir a indústria do vinho, que abastece o mercado interno e já é exportado para vários países.
A sub-região nordestina denominada Meio-Norte, compreende os estados do Maranhão e Piauí. É um espaço de transição entre o sertão semiárido e a Amazônia, é cortada por vários rios, entre eles o Pindaré, o Grajaú, o Mearim, o Itapecuru e o Parnaíba.
Com clima tropical, apresenta elevadas temperaturas, chegando no verão a atingir mais de 40 graus.
Nas grandes planícies fluviais do Maranhão, formadas pelos rios Parnaíba, Mearim, Pindaré, Itapecuru e Grajaú, predomina a cultura do arroz.
Durante muito tempo, a economia da região sobreviveu da extração do babaçu, da cera de carnaúba, da cultura e beneficiamento do arroz e da criação de gado.
O extrativismo mineral, na região da Serra dos Carajás, no sul do Pará no município de Parauapebas, na Região Norte, tornou o Porto de Itaqui, no Maranhão, o escoadouro das jazidas de ferro, manganês, cobre e níquel.
O Meio-Norte se modernizou, a agropecuária se expandiu, o solo do cerrado foi corrigido e grandes plantações de soja fazem parte da economia da região.
VEJA TAMBÉM: Estados do Brasil Juliana BezerraBacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.Show life that you have a thousand reasons to smile
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