Religião é uma palavra de origem latina (religio) e pode significar rigidez, releitura, reeleger e/ou religar.
Assim, a religião seria aquilo que nos religa ao sagrado.
Desde os tempos mais primitivos, os primeiros seres humanos sentiram necessidade de explicar fenômenos naturais como a chuva, vento, eclipses, etc.
Da mesma forma, queriam entender os acontecimentos como o nascimento e a morte.
É esta necessidade de explicação que vai gerar a busca por um mundo metafísico ou seja: além da física, além daquilo que posso ver e tocar.
Assim, como um fenômeno inerente à cultura humana, as religiões se configuram como conjunto de sistemas culturais e crenças.
Possuem conteúdo Metafísico, nos quais se busca relacionar a humanidade com o mundo espiritual.
De toda forma, esta é uma definição ocidental. Isso porque não existe uma palavra equivalente na cultura oriental (no hinduísmo e budismo, Dharma é o conceito mais aproximado).
Símbolo das três religiões monoteístas:islamismo, judaísmo e cristianismo
De modo geral, as religiões possuem seus credos similares conforme a proximidade geográfica.
Os gregos e os romanos foram os primeiros a sistematizar reflexões religiosas.
Nos primeiros séculos do cristianismo, novas reflexões teológicas surgirão e se desenvolverão a fim de conciliar a filosofia grega ao cristianismo.
Durante a Idade Média, predominava a Filosofia Escolástica quando o Teocentrismo será valorizado. Será durante o Renascimento que este modelo começará a ser questionado.
Vale destacar também o advento da expansão europeia pelos continentes levou a religião ocidental pelo mundo.
Contudo, também travou contato com culturas e religiões muito distintas daquelas conhecidas até então.
Atualmente, nos países da Europa, há certo declínio da religião, sobretudo cristã.
Por outro lado, o Cristianismo cresce nos Estados Unidos, na América Latina e na África.
O Islamismo se expande pelo sudeste asiático e Europa; e o Hinduísmo, Budismo e Xintoísmo ainda são a maioria no Extremo Oriente.
Importante destacar também o Protestantismo, em sua vertente pentecostal, que vem crescendo na América Latina.
Por fim, enquanto componente fundamental da cultura humana, a Religião foi motivo de inúmeras guerras.
Além disso, estruturou sociedades e definiu o conhecimento científico, filosófico e artístico durante muitos séculos.
As religiões possuem em comum alguns aspectos como:
A palavra “seita”, designa o segmento minoritário nas religiões, enquanto “heresia” é todo conteúdo contrário a estrutura teórica da religião dominante.
Da esquerda para direita: um padre católico, um rabino, um muçulmano, um hare-khrisna, uma mãe-de-santo, um índio e um pastor protestante
No Brasil, a maioria das pessoas pratica alguma religião.
A religião predominante é o cristianismo com 86,8%. Destes 64,6% se declaram católicos e 22%, evangélicos.
Os espíritas correspondem a 2% da população brasileira.
Apesar de muito populares, as religiões de matriz africana como candomblé e umbanda sempre aparecem com percentuais muito baixos nos censos.
Isto se deve à perseguição histórica a que estas crenças estiveram submetidas fazendo com que seus praticantes tivessem que esconder sua identidade.
Igualmente, as pessoas que se dizem espiritualistas alcançou a cifra de 4,4%. São pessoas que não tem uma religião específica, mas creem em diferentes manifestações metafísicas.
Outra religião que tem crescido no Brasil é o Islamismo, seja pela chegada de imigrantes como dos próprios brasileiros que estão descobrindo esta doutrina.
Normalmente, as pessoas que não tem uma religião específica são chamadas de "ateus".
Esta seria uma definição imprecisa porque a palavra designa aqueles que não acreditam de Deus. Assim: Theos - deus e "a" seria a negação.
Igualmente, existem aqueles que se declaram "agnósticos". Gnose - conhecimento. Portanto, agnose seria a negação do conhecimento. Se Deus existe, não se sabe e é indiferente.
Outra vertente surgiu com o Cientificismo, o socialismo e o anarquismo. Todos esses movimentos negavam a existência de Deus e queriam destruir a a religião como instituição. Marx afirma que a religião é o "ópio do povo", no sentido que ela o deixava anestesiado e sem iniciativa para lutar contra as injustiças sociais.
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