Sanguessugas

As sanguessugas (anelídeos) são animais invertebrados e hermafroditas que têm uma enorme diversidade morfológica. Existem mais de 600 espécies diferentes, entre elas há as terrestres, marinhas e de água doce. São parasitas temporários que se alimentam de sangue. Seu corpo, ligeiramente achatado, é constituído de cabeça, tronco e cauda, e está formado por diversos anéis. A sanguessuga tem uma mucosa bucal, equipada com dentes que usa para cortar a pele de suas vítimas. Suas glândulas salivares secretam substâncias anticoagulantes (hirundina) para prolongar a hemorragia, vasodilatadoras e um anestésico local (para evitar que o animal atingido perceba sua presença).

Sanguessuga. Foto: GlebK [CC-BY-SA-3.0], via Wikimedia Commons

A sanguessuga medicinal europeia (Hirudo medicinalis) é a espécie mais famosa, seu corpo chega a 20 cm de comprimento, e é utilizada para fins terapêuticos há mais de 2500 anos. Em lugares como Roma, Grécia e Síria, estes animais eram usados para chupar o sangue de muitos lugares do corpo. Eram as chamadas sangrias, realizadas porque se acreditava que podiam curar desde dores locais (algo comprovado) e processos inflamatórios até obesidade, gota, tumores, distúrbios mentais, nefrite, etc.

Apesar do seu aspecto repulsivo, estes animais são importantes para médicos e cientistas atualmente. Na Europa e Estados Unidos, as sanguessugas estão sendo utilizadas nas cirurgias plásticas e reconstrutivas, pois podem provocar uma pequena hemorragia (que imita a circulação venosa), ajudando a restabelecer a circulação sanguínea na delicada área onde o enxerto foi aplicado. Desta forma, as sanguessugas são usadas para auxiliar no transplante de dedos, orelhas ou quaisquer partes que tenham sido gravemente danificadas em acidentes. Estes anelídeos combatem eficazmente a gangrena, descongestionam os vasos sanguíneos (retiram o excesso de sangue) e restabelecem a pressão e a circulação sanguíneas normais. Comprovadamente, as sanguessugas são eficazes contra problemas inflamatórios como a artrite.

Os cientistas já identificaram várias substâncias medicinais que este pequeno invertebrado produz em sua saliva, cada vez que morde seu hospedeiro. Algumas destas substâncias, que estão sendo estudadas, poderiam tornar-se fármacos úteis para o tratamento de enfermidades cardiovasculares.

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