Em Química Orgânica, os compostos químicos são classificados em funções (álcoois, fenóis, éteres, cetonas, amidas, etc.), de modo a facilitar os estudos. No entanto, com a grande quantidade de compostos orgânicos houve a necessidade de se criar novas subdivisões, denominas séries orgânicas. Entre as séries orgânicas está a série homóloga, que representa um conjunto de compostos pertencentes à mesma função orgânica, mas que se diferenciam pela quantidade de grupos metileno (CH2).
Os compostos orgânicos que constituem uma série homóloga são chamados de homólogos. No grupo dos hidrocarbonetos, por exemplo, temos as seguintes séries homólogas:
Alcanos: são hidrocarbonetos acíclicos saturados.
Note que em todos os compostos desta série o número de hidrogênios (H) representa o dobro mais dois do número de carbono (C). O etano, por exemplo, apresenta dois átomos de C e 6 de H (dobro de 2 = 4, 4 + 2 = 6). Podemos dizer, então, que o a fórmula geral dos alcanos é CnH2n+2. Esta fórmula representa qualquer alcano, desde que o n seja igual a um número inteiro.
Alcenos: hidrocarbonetos acíclicos com uma ligação dupla.
Nesta série de compostos, o número de átomos de H corresponde ao dobro de átomos de C. Assim, conclui-se que a fórmula geral dos alcenos é CnH2n.
Alcinos: hidrocarbonetos acíclicos com uma ligação tripla.
Em cada um dos compostos desta série, o número de H é o dobro menos dois do número de átomos de C. Sendo assim, a fórmula geral dos alcinos é CnH2n – 2.
Alcanos, alcenos e alcinos são apenas alguns exemplos de séries homólogas de hidrocarbonetos, uma infinidade destes compostos pode existir se for adicionado ou retirado um grupo CH2. Temos, também, séries homólogas pertencentes a várias outras funções orgânicas, como, por exemplo, uma série de ácidos acíclicos saturados. Veja:
Como os compostos homólogos pertencem à mesma função química, suas propriedades químicas muito se assemelham. Por outro lado, suas propriedades físicas, como, por exemplo, a densidade, o ponto de ebulição e o ponto de fusão, variam gradativamente, devido ao aumento de tamanho da cadeia carbônica.
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Referência bibliográfica: FELTRE, Ricardo. Química volume 3. São Paulo: Moderna, 2005.
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