Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico e pesquisador austríaco que criou a Psicanálise, método utilizado para o tratamento de doenças mentais.
Suas teorias se espalharam na cultura popular e o tornaram um grande ícone do século XX.
Sigmund Schlomo Freud nasceu no dia 06 de maio de 1856 na cidade de Pribor. Na época, a cidade formava parte do Império Austro-Húngaro e atualmente está em território da República Tcheca.
Era filho de Amalie Nathanson e Jacob Freud, comerciantes judeus que se mudaram para Viena quando ele tinha um ano.
Freud em seu escritório em LondresNa capital do Império, em 1873, ingressou no curso de Medicina na Universidade de Viena formando-se especialista em Fisiologia Nervosa, em 1882.
Aperfeiçoou seus conhecimentos em Paris, onde estudou com Jean Charcot, médico dedicado ao estudo do tratamento da histeria através da hipnose.
Casou-se mais tarde, em 1886, com Martha Bernays, e com ela teve seis filhos: Mathilde, Jean-Martin, Olivier, Ernst, Sophie e Anna.
Publicou várias obras e em 1908, junto com seus seguidores Karl Abraham, Sandor Ferenczi e Ernest Jones, fundou a “Sociedade Psicanalítica de Viena”.
Em 1938 fugiu para Londres, com ajuda da princesa Maria Bonaparte (1882-1862), para escapar da perseguição imposta pelo Nazismo aos judeus. Quatro de suas irmãs morreriam em campos de concentração.
Faleceu no dia 23 de setembro de 1939, em Londres, vítima de câncer na mandíbula.
Freud foi submetido a mais de 30 cirurgias para tentar se livrar da doença. Por isso, alguns pesquisadores afirmam que ele morreu por overdose de morfina, pois sentia muitas dores.
Até o fim do século XIX, os problemas mentais eram tratados como doenças exclusivamente físicas. Havia médicos, como o francês Jean-Martin Charcot (1825-1893) que utilizava a hipnose de forma a curar suas pacientes.
Porém, insatisfeito com este o método, Freud fundou a Psicanálise no qual utilizava o método da “livre associação”. O médico acreditava que os desequilíbrios psíquicos eram consequências de repressão de sentimentos.
Desta maneira, e de forma consciente, o paciente deveria externalizar suas angústias e medos, mediados, portanto, pelo diálogo entre o paciente e o psicanalista.
Paralelamente a isso, Sigmund foi um grande pesquisador em diversas áreas da neurologia e da psicologia. Freud foi considerado um dos primeiros a propor o uso da cocaína como analgésico e estimulante para muitos transtornos mentais.
Além de ser um destacado médico, também analisou temas como a histeria, a neurose, a psicose, a sexualidade e os desejos sexuais, os sonhos e o inconsciente. Com efeito, o método fundado por Freud foi capaz de curar muitas pessoas.
Suas teorias sobre o inconsciente influenciaram as artes, especialmente a Pintura Moderna.
Seria impossível resumir todas as suas teorias num pequeno artigo. No entanto, destacaremos as mais importantes.
A psicanálise consiste em deixar que o paciente fale de seus sintomas e ele mesmo descubra, através da palavra, sua cura.
Igualmente afirmou que além da consciência existia o inconsciente, aquilo que desejamos secretamente, mas não podemos obter.
Desta maneira, aceder o inconsciente seria a chave para resolver os transtornos mentais. Mas como se tem acesso ao inconsciente?
Freud afirmava que os sonhos, os lapsos e as piadas seriam formas de revelar aquilo que realmente queremos, porém não admitimos em nível consciente.
Por isso, uma vez que o indivíduo tivesse capacidade para conviver com seus desejos mais íntimos de forma consciente, sua neurose poderia ser compreendida e curada.
Freud dava importância fundamental à infância, pois dizia que as experiências negativas vividas nesta época poderiam se tornar um trauma na vida adulta.
Por isso, ele estudou como a maneira de lidar com energia sexual e a libido durante a infância marcaria o indivíduo adulto.
A criança passaria por três fases de descoberta:
Também considerava que o Complexo de Édipo era fundamental para organizar a personalidade do indivíduo.
É importante afirmar que o sujeito freudiano é sempre um sujeito em conflito.
A mente é sempre o produto irrepetível como cada um lida com seus desejos inconscientes. Isso, com a necessidade de funcionar dentro de uma relação colaborativa e de acordo com a realidade compartilhada.
Assim, ele descreve que o conflito é resultante da luta entre o Id, Ego e o Superego.
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