Taylorismo

O Taylorismo é um sistema de gestão do trabalho baseado em diversas técnicas para o aproveitamento ótimo da mão de obra contratada.

Foi desenvolvido no início do século XIX, a partir de estudos sobre os movimentos do homem e da máquina nos processos produtivos fabris.

Características

O Taylorismo enfatiza a eficiência operacional das tarefas realizadas, nas quais se busca extrair o melhor rendimento de cada funcionário.

Portanto, é um sistema de racionalização do trabalho concebido em moldes científicos. Desta maneira, cada aspecto do trabalho deve ser estudado e desenvolvido cientificamente.

Assim, com a análise dos processos produtivos, foi possível aperfeiçoar a capacidade de trabalho do operariado. O foco era economizar o máximo em termos de esforço produtivo.

Maximizar o potencial de cada trabalhador era um dos objetivos do taylorismo

Devemos salientar que o taylorismo não está preocupado com as inovações tecnológicas, mas sim com as possibilidades de controlar a linha de produção.

Através de uma padronização continua, pelo estabelecimento de um sistema de supervisão e controle, o homem acabou se transformar por uma peça da máquina. Entretanto foi isto que fez surgir condições de trabalho capazes de aumentar a produtividade e o lucro.

Frederick Taylor e o Taylorismo

O termo Taylorismo faz referência ao engenheiro norte-americano Frederick Taylor (1856-1915), considerado um dos fundadores da Administração Científica.

Com efeito, Taylor foi pioneiro ao desenvolver um modelo de administração no qual a empresa é considerada sob olhar científico.

Taylor se interessou por este tipo de gestão quando ainda era operador de máquina na "Midvale Steel", na Filadélfia, onde iniciou suas pesquisas.

Baseando-se na observação dos métodos de trabalho dos operários, descobriu que, sob um ritmo de trabalho controlado, os operários eram muito mais produtivos.

Mais tarde, Taylor se forma engenheiro mecânico em 1885 e, em 1906, torna-se Presidente da "American Society of Mechanical Engineering". Suas ideias influenciariam de forma definitiva a Segunda Revolução Industrial.

Suas obras mais importantes são: "Um sistema de preço por peça" (1895); "Administração de Oficinas" (1903); e "Princípios da Administração Científica" (1911), sua obra prima.

Inovações do Taylorismo

O taylorismo emprega basicamente cinco princípios, a saber:

  • substituição de métodos baseados na experiência por metodologias cientificamente testadas;
  • seleção e treinamento rigoroso dos trabalhadores, de modo a descobrir suas melhores competências, as quais devem ser continuamente aperfeiçoadas;
  • supervisão contínua do trabalho;
  • execução disciplinada das tarefas, de modo a evitar desperdícios;
  • fracionamento do trabalho na linha de montagem para singularizar as funções produtivas de cada trabalhador, diminuindo assim sua autonomia.
Avaliação periódica do trabalhador consistia numa das bases do taylorismo

Além disso, atribui-se a Taylor:

  • o estudo de metodologias para evitar a fadiga do trabalhador,
  • o estímulo salarial proporcional a produtividade, com premiações por desempenho,
  • a hierarquização da cadeia produtiva, a qual afasta o trabalho manual do trabalho intelectual e garante à gerência, detentora do conhecimento geral da produção, o controle sobre os trabalhadores.

As ideias de Taylor inspiraram empresários como Henry Ford para criar um método de linha de montagem que seria denominado Fordismo .

Taylorismo e Fordismo

As ideias de Taylor inspiraram diretamente a Henry Ford a melhorar a produção dos seus automóveis.

O Taylorismo não é um modelo produtivo e sim uma análise teórica de organização do trabalho e de administração. Assim, o empresário poderia reduzir os custos e maximizar os lucros.

Por outra parte, Ford e outros empresários vão levar essas ideias às suas fábricas e tornar a produção mais eficiente com a especialização do trabalho.

Críticas ao Taylorismo

O Taylorismo sofre algumas críticas, tendo em vista que, ao buscar o máximo aproveitamento da força produtiva, acaba ignorando certas necessidades básicas dos trabalhadores, os quais passam a se sentir explorados e insatisfeitos.

Consequentemente, estes trabalhadores passam a serem vistos como peças descartáveis do sistema, e isto gerou a oposição dos trabalhadores à aplicação do Taylorismo.

Leia mais:

  • Toyotismo
  • Indústria
Juliana BezerraBacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.
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