Teófilo Dias

Teófilo Odorico Dias de Mesquita foi poeta, advogado, jornalista e político brasileiro. Pertenceu ao movimento literário conhecido como Parnasianismo. Foi patrono da Academia Brasileira de Letras.

Nascido em Caxias, no Maranhão, dia 8 de novembro de 1854. Filho do advogado Odorico Antônio de Mesquita e de Joana Angélica Dias de Mesquita, irmã do consagrado poeta Antônio Gonçalves Dias.

Teófilo Dias cursou seus estudos iniciais no Instituto de Humanidades em São Luís, capital do Maranhão, de 1861 a 1874. Durante esse período, com catorze anos compôs a poesia “Tomada de Humaitá”, que se destacou no Semanário Maranhense de 1868. Seguiu posteriormente para o Rio de Janeiro, onde Cândido Mendes de Almeida conseguiu um aposento no Convento de Santo Antônio para acolhê-lo por dois anos, enquanto realizava os exames preparatórios para cursar Direito. Em 1878 publicou seu primeiro livro de poesia, “Lira dos Verdes Anos” e participou da Batalha do Parnaso que acontecia em São Paulo, reunindo jovens poetas que atacavam os últimos românticos e inspiravam-se na poesia social.

Traduziu poemas de grandes nomes como Baudelaire e Byron, além de colaborar em alguns jornais como “Diário Mercantil”, “O Boêmio”, “Comédia” e “O Meridiano”. Em 1880 casou com Gabriela Frederica Ribeiro de Andrada, com quem teve dois filhos: Gabriela Margarida e Teófilo. Sua esposa era filha do conselheiro Martim Francisco e membro da família de José Bonifácio. O casamento lhe aproximou do cenário intelectual e político da época.

Concluiu a faculdade de Direito da Universidade de São Paulo em 1881 e abriu um escritório de advocacia, enquanto colaborava paralelamente nos jornais “Província de São Paulo”, “A República” e na “Revista Brasileira” de José Veríssimo. Exercia a militância na advocacia e filiou-se ao Partido Liberal. Era conhecido por discursos eloquentes, falando com conhecimento sobre vários assuntos de interesse geral. Seu círculo social incluía pessoas influentes, como José do Patrocínio, Machado de Assis, Aluísio Azevedo, Benjamin Constant, Assis Brasil, Lúcio de Mendonça e Afonso Celso de Assis Figueiredo Júnior, o filho do Visconde de Ouro Preto. Em 1885 foi eleito deputado da Assembleia Legislativa Provincial, exercendo o cargo durante um ano.

Atuou também como redator dos jornais “O Provinciano” e “Liberal Paulista”, órgão oficial do Partido Liberal, nos anos de 1886 e 1887. Durante sua vida exerceu também outras profissões: comerciante, professor de gramática filosófica e de francês no Colégio Aquino, fiscal de crédito do Banco Real e sargento do exército.

Teófilo Dias foi fortemente influenciado pela obra de Baudelaire e sua produção literária é composta pelos títulos: “Flores e Amores” de 1874, “Lira dos Verdes Anos” e “Cantos Tropicais” de 1878, “Fanfarras” de 1882 e “A Comédia dos Deuses” de 1887. Suas poesias trazem rimas ricas trabalhadas com palavras raras, compostas em forma de soneto.

Teófilo Dias buscava explicitar o sentido da existência humana através da perfeição estética de sua poesia. As representações da natureza estão sempre presentes em suas obras, permeadas por descrições visuais bem detalhadas.

Seu livro de poemas “Fanfarras” é considerado o marco inicial do Parnasianismo no Brasil. Durante sua trajetória, o escritor foi escolhido para figurar em três Academias de Letras:

  • Brasileira: Cadeira número 36, indicação do fundador Afonso Celso;
  • Maranhense: Cadeira número 19, instituída por Maranhão Sobrinho;
  • Paulista: Cadeira número 33, criada por Altino Arantes.

Teófilo Dias faleceu dia 29 de março de 1889 na cidade de São Paulo.

Fontes: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa4015/teofilo-dias

http://www.academia.org.br/academicos/teofilo-dias/biografia

https://jornalggn.com.br/literatura/a-matilha/

https://portalcatarina.ufsc.br/documentos/?action=download&id=44471

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