Vaselina

Em 1870, o químico anglo-americano Robert Chesebrough construiu a primeira fábrica para a produção de vaselina. Sua descoberta se deve da observação de um produto de natureza viscosa que se acumulava nas brocas de perfuração de petróleo, nos campos de extração em Titusville, na Pensilvânia. Esse material era muito utilizado pelos trabalhadores na cicatrização de cortes e queimaduras. Esse fato chamou a atenção do químico.

Seus estudos duraram em torno de 10 anos, e assim desenvolver um método para refinar a vaselina e torná-la um material inodoro e incolor. O petrolato é um dos derivados do petróleo que após a desparafinação, transforma-se em uma substância gelatinosa também chamada de vaselina. A vaselina possui sinônimos como parafina líquida, óleo mineral branco ou óleo mineral técnico.

É uma mistura de hidrocarbonetos parafínicos, naftênicos e aromáticos, classificada como um hidrocarboneto alifático hidrogenado com massa molecular > C25. Os hidrocarbonetos parafínicos são formados por carbonos saturados e de cadeias abertas, os naftênicos de cadeias cíclicas e saturadas, e os aromáticos de cadeias cíclicas e insaturadas, formados principalmente por anéis benzênicos.

É uma substância com aspecto líquido oleaginoso, inodora, com coloração de incolor a amarelo. Abaixo são descritas algumas propriedades físico-químicas da vaselina.

Propriedades físico-químicas
Densidade a 20ºC 0,820 a 0,905 g/L
Viscosidade a 37,8ºC 8,0 a 17,0 cSt
Ponto de fulgor mín. 150 °C
Solubilidade Insolúvel na água e no álcool; miscível com a maior parte dos óleos fixos com exceção do óleo de rícino; solúvel no éter, clorofórmio, benzina e nos óleos essenciais.

Fonte: http://www.quimidrol.com.br/media/blfa_files/Vaselina_Liquida_Industrial_2.pdf

Atualmente, a vaselina é utilizada em várias aplicações como lubrificantes de dobradiças, proteger metais da corrosão, na área da saúde e farmacêutica, e principalmente, na fabricação de cosméticos como cremes, pomadas, bálsamos e emolientes.

A vaselina sólida pode ter várias aplicações. Existe a vaselina sólida medicinal ou vaselina sólida USP, fabricada a partir de óleos hidrogenados atóxicos e de parafinas macro e micro cristalinas, com baixíssimo teor de carbonos aromáticos. A vaselina sólida de grau técnico é utilizada na produção de lubrificantes atóxicos para a indústria alimentícia. Já a resina sólida de grau industrial possui na sua composição óleos básicos de primeiro refino.

Existem no mercado a vaselina proveniente de origem natural ou artificial. A natural produzida a partir de ceras naturais e a artificial proveniente da mistura de parafina e ceresina com parafina líquida purificada, ou óleo de perfume e substâncias que aumentam a viscosidade. É contraindicado uso da vaselina líquida industrial em alimentos, cosméticos e medicamentos.

Hoje, a vaselina é uma matéria-prima indispensável em vários setores industriais. Na busca de materiais mais sustentáveis já existem no mercado matérias-primas alternativas aos insumos petroquímicos. O material de base vegetal contém propriedades semelhantes à da vaselina. Contudo, apresentam características próprias para o uso cosmético.

Bibliografia:

https://super.abril.com.br/ciencia/o-criador-da-vaselina/

http://womenhealthnetpt.bitballoon.com/30/aplicaes-vaselin4886.html

http://www.focusquimica.com/representadas/sophim/vaselina-vegetal/

http://pt.altarta.com/08_26/vaselina-aplicacao-composicao-e-tipo-de/

https://www.cadium.com.br/2017/03/07/vaselina-solida-o-que-e-e-para-que-serve/

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