Conhecido cientificamente como ZIKV, se constitui por um vírus envelopado de cadeia de RNA simples (não segmentado), da família flaviviridae e gênero flavivirus. Descoberto e isolado em 1947, o Zika vírus tem origem na floresta Zika na República de Uganda. Originário do macaco-reso, o vírus foi descoberto pela primeira vez em humanos em 1952.
O principal meio de contágio do Zika vírus se dá através da picada do mosquito Aedes aegypti; o vírus Zika também é transmitido por relações sexuais, contato sanguíneo, leite materno e pelo líquido amniótico. A causa de microcefalia se dá quando a mãe está infectada e o vírus age perfurando a placenta chegando ao líquido amniótico infectando também o feto. Estudos apontam que o vírus destrói o tecido neuronal dos fetos. Nos casos de infecção nos primeiros 3 meses de gestação o feto tem mais chances de nascer com microcefalia.
Com o tempo de incubação variando de 3 a 10 dias, o Zika vírus acarreta na doença Zika, tendo sintomas menos agressivos que o da dengue e chikungunya. O Zika não apresenta sintomas na maioria dos infectados (cerca de 80%). Tendo como sintomas brandos: dores de cabeça, dores no corpo e articulações, conjuntivite, sensibilidade à luz (fotofobia), progredindo para manchas avermelhadas na pele lembrando uma alergia evoluindo para pequenas erupções. Em alguns casos isolados o vírus Zika pode acarretar para a síndrome de Guillain-Barré. Com sintomas durando até 7 dias, o tratamento padrão é o mesmo que o da dengue, evitando uso e anti-inflamatórios e ácido acetilsalicílico (AAS), devido aos riscos de evolução de hemorragias.
No Brasil o vírus Zika teve mais destaque a partir da Copa do Mundo de 2014, com a entrada de vários estrangeiros de nações distintas. Como este vírus não possui vacina, e com o número alarmante de crescimento de casos de microcefalia no Brasil, campanhas estão sendo lançadas pelo Ministério da Saúde na tentativa de erradicar ou controlar a doença, tais como: não deixar recipientes com água parada, dar um fim adequado aos entulhos, usar roupas compridas, manter a gestante em lugares com telas, uso de repelentes e relações sexuais com camisinha e até mesmo adiar a gravidez.
Em relação aos outros países, órgãos de saúde pública estão orientando a população, para que as mulheres grávidas evitem ir aos países onde está ocorrendo uma alta incidência da doença. A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou estado de emergência pública tendo como principal foco a erradicação do Aedes aegypti.
Bibliografia: http://www.zika.org.br http://combateaedes.saude.gov.br/index.php/tira-duvidas#zika http://www.minhavida.com.br/saude/temas/zika-virus http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMp1600297 https://www.cdc.gov/zika/about/overview.html
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