A obesidade é uma doença crônica que resulta de uma combinação complexa de causas diversas. A interação de fatores genéticos, ambientais, dietéticos, dos estilos de vida e de condições psicossociais contribuem para o desenvolvimento da obesidade.
É também considerada o distúrbio nutricional mais comum na infância.
1. Influências AmbientaisA redução dos níveis de atividade física e o aumento do consumo calórico são os fatores ambientais mais influentes sobre o desenvolvimento da obesidade. Para reduzir o efeito destes fatores é preciso que haja um equilíbrio entre a ingestão de calorias e a prática de atividade física.
Os hábitos alimentares saudáveis ajudam a prevenir a obesidade e o sobrepeso, assim como a adoção de exercícios físicos na rotina. A prática de atividade física representa de 20 a 30% do gasto energético total em adultos.
2. Estilo de vida urbano modernoO consumo elevado de alimentos muito calóricos, de paladar agradável, baixa capacidade de provocar a saciedade, fácil absorção e digestão e baixo custo contribuem para o aumento da ingestão alimentar e desequilíbrio energético.
Estes alimentos, normalmente são mais baratos e práticos, porém são pobres em fibras e ricos em açucares, portanto de rápida absorção e digestão. Entretanto, a carência na sua composição e o alto teor glicêmico, resultam em falsa saciedade, o que traz a sensação de volta rapidamente.
Associadas a estas características estão as mudanças sócio-comportamentais da população, tais como: a redução do número de refeições feitas em casa, o hábito de alimentar-se em redes de fast food e o aumento das porções servidas em lanchonetes e restaurantes.
Além disso, a necessidade de se realizar refeições rapidamente interferem nos mecanismos orgânicos que desencadeiam a sensação de saciedade. Um outro fator importante é a associação entre as atividades de lazer e hábitos alimentares. O hábito de “sair para comer” se tornou uma forma de socialização bastante comum.
A justificativa da falta de tempo, ligada principalmente à vida profissional, contribui para a redução da prática de atividade física o que reduz o gasto energético e colabora para o desenvolvimento da obesidade.
3. Herança genéticaO início precoce de obesidade na infância e na adolescência são indicativos da influência genética neste distúrbio. A obesidade é uma das manifestações descritas em 24 doenças hereditárias. O risco é maior quando existe história familiar de obesidade mórbida com IMC ≥ 40 kg/m2.
4. Redução do sonoA privação do sono reduz a tolerância do organismo à glicose, aumenta a fome e o apetite que podem levar as pessoas a desenvolver obesidade. A privação de sono crônica amplia o risco deste distúrbio.
5. EstresseEm pessoas com obesidade e sobrepeso é comum a presença de distúrbios de humor, como sintomas de ansiedade, depressão, nervosismo, estresse e compulsão alimentar. Alguns estudos comprovam a relação entre transtornos psicológicos e a obesidade. Entretanto, é importante ressaltar que a obesidade não se classifica como um transtorno psiquiátrico.
6. Efeitos de medicamentosAlguns medicamentos usados para tratar outras condições clínicas podem contribuir para o aumento do peso ou mesmo para intensificar este ganho em indivíduos com obesidade. Estes medicamentos também podem estimular o aumento de peso em pessoas que já têm esta predisposição.
O profissional de saúde pode ajudar a evitar ou minimizar o ganho de peso por meio de uma prescrição correta de medicamentos que promovam a perda de peso ou que amenizem o aumento de peso no tratamento de outras doenças.
7. Substâncias que afetam a função endócrinaAlgumas substâncias produzidas de forma industrial são capazes de alterar a função endócrina. Por influência na regulação hormonal, podem desencadear o ganho de peso utilizando diferentes mecanismos de atuação.
8. Diminuição ou cessação do TabagismoOs fumantes tendem a pesar menos do que os não fumantes. Além disso, observa-se ganho de peso após a decisão de cessar com o hábito de fumar. Uma das respostas para esse efeito é a ação termogênica e falta de apetite, causadas pela ação da nicotina.
Ao buscar perder peso, informe o/a médico/a ou nutricionista como foi seu ganho de peso, quanto tempo levou para chegar ao seu peso atual, medicamentos utilizados, histórico de obesidade na família, hábitos alimentares e estilo de vida (sono, prática de atividade física, entre outros).
Não use medicamentos ou estratégias de emagrecimento sem orientação de um profissional qualificado.
Veja também:
Obesidade – Fisiologia do Armazenamento das Gorduras
Referências bibliográficas
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