Acidente da Usina Nuclear de Chernobyl

A usina nuclear de Chernobyl era localizada na cidade de Pripyat na Ucrânia (na época era parte da União Soviética), era composta por quatro reatores e foram cenário de um dos maiores acidentes nucleares da história. A usina era utilizada para geração de energia para o país.

Usina Nuclear de Chernobyl, na Ucrânia. Observe o "sarcófago" de concreto construído para conter a radiação. Foto: Tinta / Shutterstock.com

O desastre ocorreu em 26 de abril de 1986. Tudo começou quando um dos quatro reatores explodiu e ocasionou diversas reações em cadeia e o motivo dessa explosão até hoje é controverso e mal explicado. Alguns afirmam que foi apenas falha dos operadores e outros atribuem falha no projeto das hastes de controle do reator. As hastes dos reatores são compostas por elementos, geralmente o Cádmio (Cd) que tem tendência em absorver nêutrons e amenizar as reações no interior do reator. Também é bem provável que muitos procedimentos irregulares e que não obedeciam às normas de segurança tenham sido executados.

O relatório dos procedimentos feitos na data afirma que a equipe operacional planejou testar se as turbinas do reator Chernobyl-4 seriam capazes de gerar energia suficiente para manter as bombas do líquido de refrigeração funcionando caso houvesse problemas de perda de potência até que o gerador de emergência fosse ativado. Em pouquíssimo tempo a potência e a temperatura do reator subiram extremamente ocasionando explosões que geraram ainda mais energia para as reações e além disso houve a entrada de oxigênio do ar que piorou o processo de combustão contribuindo para que a radiação fosse espalhada.

Os primeiros dias após o acidente foram os que mais tiveram radiação liberada principalmente em função do vento e das chuvas, e a contenção do reator era feita com areia e chumbo para o incêndio e a radiação respectivamente. Quem efetuava essas ações eram os chamados “homens liquidadores” que perderam a vida no combate ao incêndio. Os moradores da cidade foram evacuados e 10 dias após o desastre a emissão de radiação do reator foi cessada. O governo calculou 15 mil mortes e outras fontes apontam algo em torno de 80 mil. Até hoje milhares de pessoas sofrem os efeitos da radiação. Apenas nos anos 2000 a usina foi desativada e a área em torno da usina se tornou uma cidade fantasma que ainda está sob efeito radioativo. Outros países também relataram sofrer os efeitos da radiação como foi o caso da Dinamarca e da Itália. O reator 4 encontra-se em um “sarcófago” de concreto e aço, é assim que se chama o recipiente onde está guardado para evitar o espalhamento da radiação.

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