Astrônomo

O astrônomo tem como objetivo observar, estudar e pesquisar os fenômenos que ocorrem no universo, bem como desvendar os mistérios de seu surgimento e a evolução de estrelas e galáxias.

Astrônomo observando corpos celestes com um telescópio. Foto: Henk Stolk / Shutterstock.com

Devido ser curioso por natureza, o astrônomo nunca pára de estudar: boa parte deles cursa pós-graduação, principalmente scricto sensu (mestrado, doutorado e PhD). Formam-se poucos astrônomos por ano no Brasil: apenas quatro alunos. Muitos dos que trabalham nesta área são bacharéis em física que fazem pós-graduação na área.

Segundo Lilia Prado, do departamento de astronomia da UFRJ, a astronomia brasileira tem crescido 350% nos últimos quinze anos. Apesar da euforia existente no mundo inteiro em torno deste ramo, o mercado é restrito. O astrônomo pode atuar em quatro áreas distintas: na área acadêmica, a mais comum, com mestrado, doutorado ou PHD, eles podem dar aulas no ensino superior e atuar na pesquisa tanto em universidades como em centros. Existe também a possibilidade de dar aulas de física, matemática ou astronomia no ensino médio. Outro campo de atuação é a divulgação científica. Este profissional, neste caso, torna-se responsável por exibir imagens e dar palestras de planetários e museus à população, por exemplo. Já a Embratel contrata astrônomos para controlar satélites.

O domínio da língua inglesa é indispensável, em virtude de a maior parte das publicações para estudo na área ser nessa língua. Saber usar a língua falada e escrita é fundamental para que o profissional divulgue seu trabalho. Lidar com informática é importante, já que quase todo o trabalho é feito com o uso de computador.

O curso dura, em média cinco anos. A UFRJ é a única no Brasil que dá títulos de astrônomo. A USP forma físicos habilitados em astronomia. Outras instituições só dão formação na área em cursos de pós-graduação. No curso de astronomia, a ênfase é nas disciplinas de matemática e física, mas há também matérias de astronomia. Concluído o curso, o aluno pode especializar-se em estrutura galáctica, astrometria, dentre outras.

O estágio não é obrigatório, mas é diferencial no currículo. O Observatório Nacional e o Observatório do Valongo oferecem estágios a partir do segundo semestre. A partir do terceiro ano, estudantes conseguem oportunidade de estágio no Planetário do Rio de Janeiro.

A jornada de trabalho é de oito a nove horas por dia. Como grande parte dos trabalhos de observação é feito à noite, o horário pode mudar em algumas épocas do ano. O salário chega a R$2 mil em planetários e empresas como a Embratel. Quem passa em concurso público para dar aulas em universidades, com doutorado, fatura em torno de R$5 mil.

Fontes http://www.algosobre.com.br/guia-de-profissoes/astronomia.html http://www.guiadasprofissoes.com.br/ver_prof.php?cod_prof=95

DAHER, Valquíria. Guia Megazine de Profissões. Rio de Janeiro, Ediouro, O Globo, 2007, p. 22-3.

SOARES, Natalício. Guia de Profissões. Curitiba, Bolsa Nacional do Livro, p. 122.

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