Apesar do conceito de Cadeia de Suprimentos ser algo relativamente novo, suas bases remontam do nascimento da logística como ciência administrativa em 1950, o que por sua vez, entrelaça esses dois motes administrativos de forma a gerar a seguinte dúvida – ‘A Logística é uma ferramenta da Cadeia de Suprimentos ou seria a Cadeia de Suprimentos uma ferramenta Logística?
Na literatura administrativa são encontrados autores que apoiam a primeira, a segunda e até mesmo uma terceira tese, a de que a Cadeia de Suprimentos seria a união da Logística com o Marketing e as operações de compra, o que concluiria na integração de todas as funções vitais da empresa em si e, também, com outras empresas. Logo, essas diferentes posições promovem o surgimento de uma gama de definições atribuídas ao termo.
Seguem abaixo as mais recorrentes definições sobre o tema:
“É o processo da movimentação de bens desde o pedido do cliente através dos estágios de aquisição de matéria prima, produção até a distribuição dos bens para os clientes”. (Rockford Consulting Group – RCG, 2001)
“Uma rede de organizações conectadas e interdependentes, trabalhando conjuntamente, em regime de cooperação mútua, para controlar, gerenciar e aperfeiçoar o fluxo de matérias-primas e informações dos fornecedores para os clientes finais”. (Martin CHRISTOPHER, 2009)
“Uma metodologia criada para alinhar todas as atividades de produção, armazenamento e transporte de forma sincronizada visando a obtenção na redução de custos, minimizar ciclos e maximizar o valor percebido pelo usuário final em busca de resultados superiores” (Emerson BOND, 2002)
“Filosofia integradora para administrar o fluxo total de um canal de distribuição do fornecedor até o usuário final” (Martha C. COOPER e Lisa M. ELLRAM, 1993)
“Um conjunto de atividades funcionais (transportes, controle de estoque, etc.) que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor” (Ronald H. BALLOU, 2006)
“O esforço de coordenação nos canais de distribuição, através da integração de processos de negócios que interligam seus diversos participantes”. (Paulo Fernando FLEURY, 2002)
Assim, como explica o professor Edelvino Razzolini Filho, pode-se perceber que independente da variedade e até certa disparidade nas definições, a Cadeia de Suprimentos representa um conjunto de atividades que envolvem as atividades de compra, armazenamento, transformação embalagem, transporte, movimentação interna distribuição e todo o suporte necessário para que tudo possa acontecer.
Referências: COSTA, Jaciane Cristina. et al. A gestão da cadeia de suprimentos: teoria e prática. Porto Alegre: XXV ENEGEP, 2005. RAZZOLINI FILHO, Edelvino. Logística empresarial e cadeias de suprimentos. Curitiba, 2009.
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