Somália volta a ser reconhecida pelo FMI

Após uma interrupção de 22 anos o Fundo Monetário Internacional volta a reconhecer governo Somaliano. O país ainda é detentor de uma dívida de cerca de US$ 352.000.000 para o fundo, logo, encontra-se fora das possibilidades de empréstimo financeiro. Deste modo, o reconhecimento, acorrido no dia 12 de abril de 2013, não visa o suporte financeiro ao país, e sim o apoio técnico junto à assessoria política.

Com PIB Nominal estimado em US$ 2,4 bilhões em 2010 - última posição disponível em 25/10/2012 -, a Somália posicionou-se no 158º lugar entre as economias do mundo. O setor agrícola é o principal ramo de atividade e respondeu por 60% do PIB, empregando cerca de 71% da força de trabalho. O setor de serviços, responsável por 33% do PIB, emprega 29% da força de trabalho junto com as indústrias (MRE-DPR, 2012).

Muitas nações têm voltado à mesa de negociações com o governo da Somália desde a eleição de seu mais atual presidente, Hassan Sheikh Mohamud em setembro de 2012, sucedendo Mohamed Osman Jawari. Os Estados Unidos reconheceram oficialmente o novo governo da Somália em janeiro de 2013, e têm dito que o atual governo tem feito progressos significativos na estabilização do país, principalmente em questões relacionadas ao combate à organização fundamentalista al-Shabab, grupo fundado em 2004 que atua primordialmente em solo somaliano.

*Nota à Impresa nº 13/119 12 de Abril, 2013

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reconheceu hoje o Governo Federal da Somália, liderado pelo presidente Hassan Sheikh Mohamud, abrindo caminho para a retomada das relações após um intervalo de 22 anos. A decisão é compatível com amplo apoio internacional e reconhecimento do Governo Federal. O reconhecimento do governo permite ao FMI oferecer a Somália assistência técnica e assessoramento político.

A Somália, um membro do FMI desde agosto de 1962, foi em um estado de guerra civil desde 1990, e não havia nenhum governo com que o Fundo pudesse lidar. Em setembro de 2012, um novo governo federal, liderado pelo Presidente da República Federal Hassan Sheikh Mohamud, assumiu o cargo. A nova administração, desde então, contou com o apoio considerável, incluindo das Nações Unidas, a União Africana, a União Europeia, a Organização de Cooperação Islâmica, e muitos países membros do FMI. A Somália está inelegível para contrair empréstimos do Fundo, devido às suas contribuições em atraso, que hoje somam **SDR 233,8 milhões (cerca de US$ 352 milhões).

* Traduzido do original em Inglês pelo autor ** Special Drawing Right (unidade monetária dos ativos de reserva do FMI)

Referências BBC NEWS. Disponível em BRASIL. BrasilGlobalNet. Disponível em FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL. Disponível em < http://www.imf.org/external/np/sec/pr/2013/pr13119.htm>

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