Como é sabido, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza entre 150 e 300 minutos de atividade física aeróbia de moderada a vigorosa por semana. E soma-se a isso, duas vezes por semana de fortalecimento muscular. Uma pessoa que pratica essa quantidade e qualidade de exercício físico semanal é tida como “saudável”. No entanto, a maior parte das pessoas não cumpre esse conjunto de atividades – aeróbio mais fortalecimento muscular – e passa a ser classificada como “sedentário” ou “insuficiente ativo”.
Segundo Santos et.al. (2015) o termo “insuficiente ativo” implica em a pessoa praticar alguma atividade física, mas sem atingir as diretrizes divulgadas pelo órgão de política pública em voga, no caso a Organização Mundial da Saúde. Já o “sedentarismo” é compreendido quando a pessoa que realiza as ações tende mais a se estabelecer nas posições sentada e/ou deitada, cujo gasto energético é muito baixo. São esses os dois quadros que preocupam as políticas de saúde, uma vez que esse é o conjunto de pessoas que tende a adoecer com o passar do tempo. Para Stein e Börjesson (2019), “indivíduos pouco ativos apresentam um risco de 20% a 30% maior de morte em comparação a indivíduos fisicamente ativos”. E, ainda segundo os mesmos autores, o sedentarismo pode ser fator de risco para as seguintes doenças: depressão, câncer de mama e cólon, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. A seguir será falado um pouco sobre cada uma:
Pode até parecer incrível, mas todas essas doenças podem, sim, serem prevenidas com a prática da atividade física aliada a outros fatores, que diferenciam em cada caso específico de cada uma delas.
É óbvio que a atividade física pode auxiliar na prevenção de doenças, como as que foram vistas anteriormente. Mas deve-se lembrar que o ocidente vem enxergando a atividade física como “panaceia” para muitos problemas na área da saúde, e da saúde pública em especial. Assim, o sedentarismo se apresenta como doença e a atividade física como remédio, ocorrendo uma patologização do sedentarismo. (FERREIRA et.al., 2012)
Logo, é sempre bom que as práticas mantenham as recomendações da Organização Mundial da Saúde presentes. Aumentar um pouco o ritmo de prática que se coloca durante a sua prática, implica também em fazê-lo sob a supervisão de um profissional de Educação Física.
Referências:
FERREIRA, M.S. et.al. A patologização do sedentarismo. Saúde e Sociedade, São Paulo, v.21, n.4, 2012. Disponível em https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6338/1/A%20Patologiza%C3%A7%C3%A3o%20do%20Sedentarismo.pdf. Acesso em 26/02/2022.
ORGANIZAÇÃO Mundial da Saúde. Num piscar de olhos: Diretrizes da OMS para atividade física e comportamento sedentário, 2020. Tradução de: Edina Maria de Camargo e Ciro Romelio Rodriguez Añez.
MINISTÉRIO da saúde. Biblioteca virtual em saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/. Acesso em 26/02/2022.
SANTOS, R.G., et.al. Comportamento sedentário em idosos: uma revisão sistemática. Motricidade, 11, 3, 2015. Disponível em https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=273043208016. Acesso em 25/02/2022.
STEIN, R., BÖRJESSON, M. Sedentarismo no Brasil e na Suécia – diferentes países, problema semelhante. Arq. Brasileiro Cardiologia, 112 (2), fev.2019. Disponível em https://doi.org/10.5935/abc.20190010. Acesso em 26/02/2022.
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