A economia paranaense é bem diversificada, podemos encontrar um parque industrial bem desenvolvido, assim como um setor de serviços ligado aos centros urbanos, mas o grande motor da economia paranaense é com certeza o agronegócio. A liderança do agronegócio na economia paranaense deve-se principalmente aos solos férteis e ao relevo pouco acidentado do segundo e terceiro planalto. Neste último encontramos a terra roxa, solo altamente fértil e que impulsiona as safras paranaenses. A indústria também contribui significativamente para o produto interno bruto (PIB) paranaense, apesar de bem diversificada nos produtos ocorre no território paranaense desigualdades na distribuição das indústrias, onde temos uma aglomeração de industrias de alta tecnologia na região metropolitana de Curitiba. Isso se deve principalmente à ação do Estado, além dos empecilhos sociais e de relevo.
O setor primário paranaense é com certeza o motor da economia do estado. Encontramos nesse setor a agroindústria com a produção agrícola e pecuária, mas também a indústria de extração de madeira, principalmente para alimentar a indústria de produção de papel, por meio do reflorestamento de pinus e eucalipto. A agricultura apresenta muita força principalmente com culturas temporárias, ou seja, que precisam ser replantadas a cada safra, como milho, soja, trigo e feijão. Essas culturas colocam o Paraná como segundo estado em produção de grãos, leguminosas e oleaginosas. Destacamos ainda a produção de cana de açúcar, mandioca, tabaco e batata. A pecuária paranaense possui o maior rebanho suíno e avícola do Brasil, tendo uma grande importância na economia do estado e do país. A extração de metais tem pouco importância na constituição do PIB paranaense, apesar disso a indústria de extração de minerais não metálicos tem alguma força com a extração de xisto betuminoso, calcário, carvão e fluorita.
A indústria paranaense, assim como a de todo o país, passa por um momento de retração. Isso deve-se principalmente pela desindustrialização que vem ganhando força no Brasil. O Paraná se beneficiou desde de a década de 1960 da nova regionalização industrial que ocorreu com mais força a partir da década de 1980. Essa nova regionalização retirou empresas dos centros tradicionais como São Paulo e Rio de Janeiro e redistribuiu nas até então periferias industriais brasileiras. O Paraná mesmo com uma indústria bem diversificada sofre com essa situação. O carro chefe da indústria paranaense não podia ser outro se não o de transformação ligada a gêneros alimentícios, responsável por 24% do valor da transformação industrial (VTI), índice que avalia a produção industrial por setor. A agroindústria é seguida pela indústria automobilística, 16%, de combustíveis, 9,5%, e de máquinas e equipamentos com 4,7% do VTI do estado do Paraná.
O setor terciário do Paraná segue a mesma linha do nacional, aproveitando a desindustrialização o setor de serviços vem se tornando o principal empregador nas áreas urbanas. A crise de 2014 causou alguns estragos nesse setor, porém ainda podemos observar uma vantagem sobre o setor industrial. No terceiro setor encontramos o turismo como uma atividade significativa, principalmente na área do litoral com as praias e no interior com o turismo de inverno. Os setores de serviços e comércios eram responsáveis por mais de 60% dos empregos com carteira assinada no Paraná no ano de 2015, isso por si só demonstra a força do setor de terciário do estado paranaense.
Referencial Bibliográfico:
http://www.bcb.gov.br/pec/boletimregional/port/2016/07/br201607b1p.pdf
http://www.bcb.gov.br/pec/boletimregional/port/2014/01/br201401b2p.pdf
http://www.fiepr.org.br/observatorios/uploadAddress/Panorama_Industrial_2015[63113].pdf
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