Meteorologia

À meteorologia compete o estudo dos fenômenos físicos da atmosfera, que se manifestam numa localização precisa e num período de tempo relativamente curto, a que se convencionou chamar de tempo. O método desenvolvido pela meteorologia permite atualmente a realização de previsões fiáveis do estado atmosférico a curto prazo (horas, dias e semana), fundamentais para a organização de inúmeras atividades humanas.

O tempo é comumente confundido com o clima, no entanto este último é a análise a largo prazo dos fenômenos e características atmosféricas de uma determinada região (média do comportamento meteorológico em anos). Em resumo, o clima e o tempo atmosférico são duas formas complementares de descrever o ambiente atmosférico, utilizando essencialmente os mesmos elementos (pressão atmosférica, temperatura, umidade, precipitação, radiação, relevo, altitude etc.), mas fazendo referência as diferentes escalas de tempo.

O método científico para análise do tempo é o estudo dos fenômenos atmosféricos e a sua variação temporal com enfoque na observação, descrição, hipóteses, coleta de dados, análise e interpretação de resultados. Afim de prever e reconhecer padrões de tempo na atmosfera terrestre.

Praticamente, todas as atividades humanas dependem dos dados coletados nas estações meteorológicas, desde o dia a dia do cidadão comum até as mais importantes atividades econômicas, como a agricultura, os transportes, o turismo, pesca, comunicação etc.. As técnicas utilizadas para coletar estes dados atmosféricos variam de observações convencionais, realizadas por observadores, e até modernos satélites meteorológicos, que utilizam sofisticada tecnologia. Este gigantesco esforço é coordenado por um órgão das Nações Unidas, a Organização Meteorológica Mundial (OMM). No Brasil as observações são feitas pela Rede de Estações Meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia, INMET que administra mais de 400 estações. Possui 10 Distritos Regionais que recebem, processam e enviam estes dados para a sede, localizada em Brasília-DF. A sede, por sua vez, processa estes dados e os enviam por satélite para todo o mundo.

Pequena estação meteorológica utilizada em aeroporto. Foto: Arne Bramsen / Shutterstock.com

Portanto, o tempo meteorológico está baseada, entre outros, em coleta de dados observados de hora em hora nas estações meteorológicas de superfície (precipitação, ventos, umidade relativa do ar, nuvens, ondas, pressão, etc). Com o auxílio de supercomputadores, faz-se através de modelos numéricos uma simulação do comportamento atmosférico num intervalo de 24, 48, 72 e 96h à frente.

No entanto, as informações do modelo numérico não são suficientes para a realização da previsão do tempo, para isso também é necessário o auxílio das imagens de satélites para elaborar a previsão em curto prazo. Estas imagens estão disponíveis em 3 canais: infravermelho; visível e; vapor d´água. Também existe o Radar Meteorológico, que fornece as condições meteorológicas reinantes num espaço de tempo menor e também para uma área menor.

No INMET, há uma seção própria para a recepção e tratamento destas imagens de satélites. Então, os meteorologistas mapeiam e analisam estas informações e, só depois de feitas todas estas análises (cartas de superfície, modelos numéricos, imagens de satélites, etc) tem-se maior segurança em elaborar a previsão do tempo para todo o Brasil.

Referencial Bibliográfico:

YNOUE, Rita. Física da Terra e do Universo para Licenciatura em Geociências, Disciplina: Meterologia 1400200. Disponível em: http://www.iag.usp.br/~agg_1400200/moddata/METEOROLOGIA/2_Temperatura-p1.pdf. Acesso: dezembro de 2017.

http://www.inmet.gov.br/portal/publicacoes/Publicacao-RubensVianello.pdf

https://www.climatempo.com.br/

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