A população do Paraná em 2014 era de 11,04 milhões de pessoas, como uma grande concentração na região metropolitana de Curitiba. Apesar dessa concentração a malha urbana do Paraná é bem dividida, apresentando cidades como Londrina e Maringá, grandes cidades no interior do estado. O Paraná possui uma das maiores diversidades étnicas do Brasil dividindo-se em mais de 20 etnias diferentes. Isso se deve principalmente a forma de colonização adotada no estado, onde não houve como nos outros estados da região sul uma colonização através de núcleos compactos com apenas uma única etnia por núcleo. O Paraná foi colonizado por diferentes etnias nos núcleos de colonização, onde etnias pouco usuais no Brasil acabaram aparecendo, principalmente os povos eslavos como poloneses e ucranianos. Os nativos que ocupavam a área do estado eram os Carijós e Tupiniquins, no litoral, os Tingüi, na região de Curitiba, os Camé, na região de Palmas, e os Caingangues e Botocudos, no interior do estado.
As primeiras ondas migratórias no estado são feitas por portugueses e vicentistas com o intuito de explorar o ouro de aluvião, quando o mineral é encontrado nos rios e lagos ao invés de em veios embaixo da terra. Dessa forma o litoral do Paraná recebeu seus primeiros habitantes europeus, lembrado que a área já era habitada por indígenas da tribo dos Carijós. A exploração de ouro em Paranaguá durou pouco devido a descoberta de ouro no estado de Minas Gerais. Essa descoberta aumenta em pouco tempo a necessidade de viveres, principalmente de gado, no mercado brasileiro. É a partir do caminho das tropas, caminho usado pelos negociantes de gado que levavam seu produto do Rio Grande do Sul para as minas, que o interior do Paraná passa a ser ocupado. A principal atividade na época era a criação de gado nos campos gerais paranaenses. Essa população que trabalhava nas fazendas acaba se mesclando com a população indígena e negra, criando uma figura de extrema importância para o estado do Paraná, o caboclo.
O Paraná passa a ser uma província a partir do ano de 1853 quando, através de um decreto do imperador Dom Pedro II, se desmembra da província de São Paulo, tornando-se um estado somente em 1859. O período de surgimento da província, depois estado, do Paraná coincide com a proibição de tráfico de escravos no Brasil, o que levou a uma intensa migração europeia. Os estados com uma economia escravista utilizaram os imigrantes como forma de substituição de mão obra, já o Paraná e outros estados que sofriam, no entendimento da época que desconsiderava os indígenas e caboclos, grandes vazios populacionais ofereceram terras para que esses imigrantes ocupassem seus territórios. Foi dessa forma que diferentes grupos étnicos ocuparam o interior do Paraná, com grande destaque para alemães, italianos, árabes e os povos eslavos como poloneses e ucranianos.
A última leva migratória se relaciona com a expansão da fronteira agrícola brasileira a partir da década de 30 onde muitos indivíduos oriundos do Rio Grande do Sul ocuparam o sudoeste do Paraná enquanto agricultores paulistas ocuparam o noroeste. Os agricultores eram em grande parte de famílias de imigrantes, da segunda ou terceira geração. A ocupação do oeste paranaense está intimamente ligada ao poder público e a expansão das lavouras primeiro de café, depois cana de açúcar e, por fim, de soja e trigo.
Referencial Bibliográfico:
http://www.geocities.ws/perisconsultoria/publicacao/Trilhas_cap04.pdf
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/20729/17810
https://paranmundo.wordpress.com/2013/11/20/formacao-territorial-do-parana/
https://books.google.com.br/books?id=y79SBAAAQBAJ&pg=PA39&lpg=PA39&dq=imigrantes+no+paran%C3%A1&source=bl&ots=5p3Lufb9rD&sig=P22n0u-z0nh7ax8jzeBEdSvxegs&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiGgrfQmtXYAhXGTJAKHQ26CK44FBDoAQgnMAA#v=onepage&q=imigrantes%20no%20paran%C3%A1&f=false
http://www.weber-ruiz.com/parana.html
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