A profissão de engenheiro eletricista é ideal para quem é curioso e determinado, perde horas manuseando fios e circuitos, acredita ser criativo e ter bom senso. Se você já desmontou um eletrodoméstico só para descobrir como funciona, acabou de encontrar sua vocação profissional.
Quem entende as teorias básicas da eletricidade pode parecer maluco, mas é só dar uma pane numa rede de energia que um engenheiro elétrico resolve tudo num passo de mágica. Graças a esses “curiosos”, como Benjamin Franklin, é que a eletricidade passou a ser estudada. Isso impulsionou o “desenvolvimento de motores, geradores, telefone, rádio, TV, computador e até da energia nuclear” (Daher, 2007:54)
Esse profissional entende de tudo o que se refere aos “sistemas de energia elétrica, eletrônica de potencia, máquinas elétricas, equipamentos eletrônicos, controle de sistemas, proteção de equipamentos, fontes alternativas de energia, dentre outras atribuições”, afirma Daher no Guia Megazine das Profissões. Desta forma, ele é indispensável em todos os setores que envolvem energia elétrica, como “empresas de geração de energia elétrica, distribuidoras, indústrias, universidades, centros de pesquisa, órgãos de planejamento e regulação, consultorias, construtoras, instituições financeiras...” Ou seja, desde o uso em casa, em redes de computadores, nas telecomunicações, na medicina, em qualquer atividade a energia elétrica é indispensável.
O engenheiro elétrico cuida para que o suprimento e a distribuição sejam garantidos. É uma pena que as pessoas só se lembram disso quando esse benefício é suspendido (como no caso do apagão). Por isso eles são muito importantes, podendo até ocupar cargos de gerenciamento de empresas. Segundo Daher, as principais atribuições do engenheiro elétrico são “projeto, pesquisa e desenvolvimento, gerenciamento e manutenção de sistemas elétricos”.
O curso dura, em média, cinco anos. As disciplinas básicas são as mesmas das outras engenharias: dois anos com ênfase em matemática e física, e nos anos seguintes, estudam-se as disciplinas específicas, como circuitos elétricos e eletromagnetismo, dentre outras. Ele precisa dominar o inglês e o espanhol, por conta da integração dos países do MERCOSUL.
MERCADO DE TRABALHO
O mercado para esta área encontra-se estável. “As melhores oportunidades encontram-se na área de aplicações elétricas à indústria do petróleo e nas empresas ou organizações responsáveis pelo desenvolvimento de fontes de energia”, afirma Daher. O salário médio inicial deste profissional gira em torno dos R$3mil.
Para Fábio Bittencourt, engenheiro elétrico da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), “o melhor de ter escolhido a profissão é poder contribuir para o crescimento econômico e social do país”. Sobre o mercado de trabalho, ele salienta que “há oportunidades para todos os que se formam na área, mas os empregos ou pagam pouco, ou não tem relação como o que foi estudado”. Isso faz com que muitos engenheiros elétricos migrem para outras áreas que remuneram melhor, como a financeira e a de informática.
Assista ao vídeo abaixo sobre o curso de Engenharia Elétrica, produzido pela TV Unesp:
Fontes DAHER, Valquíria. Guia Megazine de Profissões. Rio de Janeiro, Ediouro, O Globo, 2007, p. 54-5.
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