Esta profissão é ideal para quem gosta de sempre estar experimentando inovações, é curioso e determinado e está sempre a procura de defeito nas coisas, a fim de buscar a perfeição. No Brasil, o ensino superior em metalurgia iniciou-se na década de 1940, com a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), mas nos anos 90 a profissão esteve um pouco “apagada”. Ultimamente está área deu uma “guinada” por conta de vários fatores: o Rio de Janeiro mantém uma indústria importante que fabrica aço, é o maior produtor de petróleo do país e sediará um pólo industrial de metal-mecânico. Além disso, outras regiões estão implantando projetos na área. O Ceará, por exemplo, está implantando uma usina siderúrgica “que utiliza gás natural a partir de uma tecnologia inovadora” (Daher, 2007:60).
A engenharia metalúrgica estuda “os materiais metálicos, desde as formas de extração e processamento do minério até a obtenção do produto final”, incluindo também “os processos de fabricação e inspeção de equipamentos, desde a fundição ao controle de qualidade”, afirma Daher em seu livro “Guia Megazine das Profissões”.
Segundo ela, são três as atividades básicas dos engenheiros metalúrgicos e de materiais:
1. Produção: transformar o metal em placas, peças, capas ou laminas para a fabricação de máquinas e afins.
2. Seleção: determinar o material adequado àquela aplicação.
3. Utilização: acompanhar o desempenho do material, avaliando sua resistência e, caso haja falhas, investigar as falhas, a fim de evitar problemas futuros.
O curso tem duração média de cinco anos. As disciplinas do ciclo básico são as mesmas das outras engenharias: matemática e física. Normalmente, os cursos de graduação permitem que se escolha qual habilitação o aluno vai se especializar: metalurgia ou materiais.
Mesmo habilitando-se em materiais, onde o aluno aprenderá sobre os “cerâmicos, poliméricos e compósitos”, o aluno também terá conhecimento em materiais metálicos, conquistando seu espaço “tanto na produção quanto no setor de planejamentos ou em projetos relacionados à seleção de materiais”. O engenheiro em materiais também pode atuar no ramo de “recobrimentos em geral para aplicações mecânicas e eletrônicas”. Outro campo que está em constante expansão é a de “aplicação de biomateriais”, indispensáveis na fabricação de equipamentos e utensílios médicos e odontológicos.
MERCADO DE TRABALHO
Encontra-se aquecido e a expectativa é que continue assim nos próximos quinze anos, salienta Daher. As melhores oportunidades encontram-se no Rio de Janeiro, mas outros estados também apresentam boas oportunidades para quem pode morar noutras regiões. O salário de quem está iniciando gira em torno de R$2.500 a R$3 mil.
Para Victor Araújo, engenheiro de uma multinacional siderúrgica, o que há de melhor na profissão é estar envolvido em todos os segmentos de uma empresa, desde o vice-presidente ao operário. Além disso, o trabalho permite viajar para o exterior. O ruim da profissão, salienta ele, são as condições e horário de trabalho: “o barulho, poeira e todas essas questões referentes ao trabalho em fábrica”, diz ele. “A qualquer momento você pode ser chamado para resolver o problema que houver, pois as máquinas funcionam 24 horas por dia”, conclui.
Dominar a língua inglesa é indispensável. O espanhol está cada vez mais importante, por conta do Mercosul. Com as expansão das exportações e a inclusão da China no mercado exterior, mandarim, alemão e francês fazem a grande diferença no currículo de um engenheiro em metalurgia ou em materiais.
Fontes DAHER, Valquíria. Guia Megazine de Profissões. Rio de Janeiro, Ediouro, O Globo, 2007, p. 60-1.
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