Sim, há tipos de sangue incompatíveis, especialmente quando se trata de transfusões sanguíneas, mas também na gestação.
Tipos de sangue incompatíveis: TransfusõesOs tipos sanguíneos são determinados pela presença de antígenos presentes nos glóbulos vermelhos. Os antígenos considerados mais importantes são o sistema ABO e o sistema Rh. De acordo com o sistema ABO, há os seguintes tipos sanguíneos: A, B, AB e O. O Sistema Rh divide os tipos sanguíneos em Rh positivo ou negativo.
Os indivíduos com sangue A podem receber transfusões de sangue A ou O; aqueles com sangue B, transfusões de B ou O; aqueles com sangue AB, transfusões de qualquer tipo sanguíneo e aqueles com sangue O apenas podem receber sangue tipo O. Em outras palavras, o tipo AB é o receptor universal e o tipo O, doador universal.
Indivíduos com sangue Rh negativo só podem receber transfusões de Rh negativo (ou de Rh positivo, mas somente uma vez, visto que depois haverá a produção de anticorpos). Já indivíduos com Rh positivo podem receber transfusões de Rh positivo ou negativo. Complementando a informação acima, então, o doador universal é o tipo O negativo, e o receptor universal, o tipo AB positivo.
Tipos de sangue incompatíveis: GestaçãoAlém da importância dos tipos sanguíneos em casos de transfusão, é importante também o seu conhecimento na gestação, pois pode ocorrer uma doença chamada eritroblastose fetal, ou doença hemolítica do recém-nascido.
Esta doença pode ocorrer quando um casal é Rh discordante, ou seja, a mulher é Rh negativo e o homem, Rh positivo. Nesse caso, há 75% de chance de a criança gerada ser Rh positivo.
Depois do primeiro parto de um feto Rh positivo, ou da transfusão acidental de sangue Rh positivo, o sangue da mãe cria anticorpos anti-Rh+. Durante a segunda gravidez, esses anticorpos podem atravessar a placenta e provocar a hemólise do sangue da segunda criança.
Hoje existe tratamento para esta condição, e mães com Rh negativo, com pesquisa positiva de coombs indireto no sangue, devem receber imunoglobulina anti-D (RhoGAM®) algumas semanas antes do parto ou nas primeiras 72 horas após o parto, de forma a impedir a formação dos anticorpos que poderiam criar complicações nas gestações seguintes.
A pesquisa do tipo sanguíneo (ABO e Rh), além da pesquisa de coombs indireto (se Rh negativo), deve ser feita no pré-natal de toda a gestante.
Para maiores informações, consulte seu obstetra ou clínico geral.
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