A Geografia Ambiental é uma das áreas da Geografia que aborda principalmente as relações diretas entre ser humano e natureza, ou seja, as relações estabelecidas entre os humanos e o meio ambiente no qual se encontram inseridos, compreendendo as ações de seres vivos e não vivos de e eventuais interferências nos ecossistemas e na vida humana.
Os processos de trabalho iniciados desde o início das civilizações quando os seres humanos deixam de ser nômades e passam a ser sedentários (fixos em uma região), só foi possível a partir do domínio sobre a natureza, principalmente a agricultura. Com isso o ser humano se sentiu dono dos recursos naturais, podendo manipulá-los de acordo com suas necessidades.
Com o desenvolvimento das civilizações as pessoas foram cada vez mais se apropriando de recursos naturais, os aparatos tecnológicos também foram sendo desenvolvidos para auxiliar essas pessoas em seu domínio sobre o espaço natural, desde ferramentas para auxiliar o trabalho agrário até o desenvolvimento das primeiras máquinas industriais no século XVIII com a Primeira Revolução Industrial.
O domínio humano sobre a natureza se intensifica com o surgimento das indústrias e tende a se amplificar com a Segunda e Terceira Revoluções Industriais, implicando em um uso exacerbado dos recursos naturais disponíveis na natureza. Começam a surgir os primeiros grandes problemas ambientais, como o desmatamento, poluição dos rios, poluição atmosférica, entre outros.
Para compreender essa problemática que envolve o meio ambiente e a retirada incisiva de seus recursos que a Geografia Ambiental foi desenvolvida, sendo um ramo da ciência que busca compreender a curto, médio e longo prazo os danos que os seres humanos podem causar ao planeta.
Compreender como o meio ambiente se modifica, se desenvolve, se reconstrói é um importante ponto de estudo dentro da geografia ambiental, entender os fatores naturais do planeta e sua disponibilidade são importantes processos para analisar os eventuais riscos ambientais nos quais os seres humanos estão sujeitos, de acordo com seu uso inadequado desses recursos.
O Desenvolvimento sustentável e o ecodesenvolvimento são dois campos de estudo que se relacionam com a geografia ambiental, pois a partir de pesquisas nessa área que podemos compreender a necessidade de utilizar recursos naturais de forma consciente, além da questão de decomposição de alguns produtos industrializados que afetam direta e indiretamente o meio ambiente. Um dos maiores exemplos no início do século XXI foi o uso de produtos plásticos como sacolas e canudos, que possuem uma decomposição lenta e afeta o ecossistema marinho, logo foram desenvolvidas alternativas biodegradáveis a esses objetos, isso é, que se decompõem com maior facilidade na natureza diminuindo os riscos aos ecossistemas marinhos.
A geografia ambiental também está inserida no campo de estudo sobre o chamado “Aquecimento Global”, que envolve as questões de mudanças climáticas ocasionadas pelas ações antrópicas, ou seja, pelas ações humanas como e emissão dos gases de efeito estufa, o alto índice de construções, pavimentações, formando ilhas de calor nas cidades, as áreas de maior absorção de radiação solar, fator esse que ocorre principalmente pela falta de cobertura vegetal nessas regiões, processo que está ligado diretamente ao desmatamento.
É importante compreender que as ações humanas sobre o meio ambiente são campos de estudo da geografia de forma geral, porém a abordagem específica da geografia ambiental tem como enfoque as reações que essas ações geram para o meio ambiente e consequentemente para os seres humanos, pois a vida humana depende da natureza e seus recursos, uma vez que eles são esgotados não há reposição natural e a vida humana também pode vir a ter seu fim.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/geografia-ambiental/
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