Uma redação é um texto formado de uma passagem escrita, de um todo independente, em torno de uma ideia, de um sentido. Essa organização obedece a certos princípios, de modo que se crie um todo significativo, cumprindo um objetivo e uma determinada situação. Em um texto coerente todas as partes se encaixam; na verdade se completam, não pode haver partes que destoem ou contradigam as demais partes do texto. As conexões entre as partes internas da redação também devem ser estudadas. É o que se chama de coesão textual, está diretamente ligada às conexões gramaticais. De acordo com a finalidade existem diferentes gêneros de texto.
É importante ao escrever provocar uma reação em quem lê. Escrever sem dúvida é uma arte. Esta arte pode ser gradativamente evoluída em cada ser humano com o bom hábito da leitura. Ler várias linhas de pensamento, jornais, revistas, grandes obras de literatura, tudo pode contribuir para a ampliação do ponto de vista e formação de ideias.
Existem basicamente três tipos de redação: narração, descrição e dissertação. Cada tipo de redação possui característica própria e construção diferenciada.
Narração é contar, relatar uma história sem se preocupar em ser real ou imaginário. Caracteriza-se por uma progressiva de ações; apresenta elementos como personagens, narrador, fato, tempo, espaço. O foco narrativo é parte importante já que centra no ponto de vista do narrador da história. O mesmo pode estar em 1ª pessoa (eu), 3ª pessoa (ele) e narrador-onisciente.
Descrição é descrever objeto, pessoa, coisa ou lugares a que o texto se refere. Caracteriza-se por ter verbos de estado, metáforas e comparações, muitos adjetivos, uso de advérbios de lugar/tempo/modo.
Dissertação é analisar, explicar, refletir, conceituar, avaliar, expor ideias. Quando se quer defender um ponto de vista, uma opinião, uma tese, uma argumentação bem estruturada para se chegar a uma conclusão. Não se passa a dissertação no mundo extenso, mas no foro íntimo do sujeito, a dissertação interpreta a realidade. Uma boa e estruturada redação dissertativa deve englobar uma introdução (também chamado de início) chamativa; um desenvolvimento (chamado de meio) explicativo, argumentativo e informação consistente em idéias criativas; uma conclusão (chamado de fim) calcada nas ideias que transpassam todo o texto, como um fechamento claro e preciso, sem dúvidas e nem desmentindo o corpo do texto.
É o início do texto, contendo o tema a ser desenvolvido, exposto com muita clareza. Envolve o problema a ser analisado. Geralmente pode ser exposto em apenas um parágrafo.
Uma introdução não deve ser muito longa para não desmotivar ou ficar cansativa para o leitor. Se a redação tiver trinta linhas, aconselha-se a que o escritor use de quatro a seis para a parte introdutória.
É o corpo do texto, onde se organiza o pensamento. Compõem os argumentos que no caso é o posicionamento adotado. Os argumentos podem se classificar em: argumento de autoridade, argumento por ilustração, argumento do pensamento lógico, argumentação de prova concreta e argumentação de competência linguística.
Argumento por autoridade é a citação de frase ou pensamento de autor do tema em questão. Pode ser uma “faca de dois gumes”, de forma positiva fazendo uma intertextualidade ou negativa se for inadequado ao tema proposto. Argumento por ilustração é o uso de exemplos relativos à realidade. Argumento do pensamento lógico é uma idéia que parte do geral para o particular ou ao contrário do particular para o geral. Argumento de prova concreta é uma prova concreta seja de lei, dados estatísticos, fatos do conhecimento geral, como o reforço da idéia defendida. Argumento da competência linguística é o uso da incorreção gramatical que gera problemas na coerência do texto.
Em uma redação de trinta linhas, o autor deverá destinar de catorze (14) a dezoito (18) linhas para o corpo ou desenvolvimento.
É a síntese do problema tratado no decorrer do texto, fechamento da redação. Se a redação está planejada para trinta linhas, a parte da conclusão deve ter quatro a seis linhas.
Na conclusão, as ideias tratadas no texto propõem uma solução. O ponto de vista do escritor, apesar de ter aparecido nas outras partes, adquire maior destaque na conclusão.
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