O citomegalovírus (CMV) pertence à família dos herpesvírus, a mesma dos vírus da catapora, do herpes simples e do herpes zoster. Traz com ele uma característica comum em todos eles: quem se infecta, passa a ter o vírus como companheiro definitivo pelo resto da vida, ou seja, permanece portador de uma infecção crônica em estado de latência.
Na fase aguda da infecção, o citomegalovírus pode provocar algumas manifestações clínicas inespecíficas, como febre, gânglios aumentados (ínguas), dor de garganta, aumento do fígado e baço, presença de linfócitos atípicos ao hemograma.
Nesta fase, não é necessário tratamento antiviral específico, pois é um quadro benigno, que se resolve em alguns dias ou semanas.
Depois, o vírus permanece latente, mas, no futuro, pode comportar-se como oportunista, quando há deficiência imunológica, provocando doenças mais sérias e preocupantes. Pode acometer diversos órgãos, causando doenças graves, que comprometem o aparelho digestivo, os pulmões, o sistema nervoso central e a retina.
Quando acomete o trato gastrointestinal, causa lesões ulceradas e muito dolorosas. A complicação mais comum provocada pelo CMV nos pacientes com AIDS é a coriorretinite, um comprometimento ocular, com prejuízo visual, que pode levar à cegueira, se não houver tratamento para recuperar a competência imunológica do doente.
O tratamento é realizado com antiviral. Há 2 tipos de antivirais: o Ganciclovir e o Foscanet. Porém, esses medicamentos apresentam toxicidade sobre os glóbulos sanguíneos e os rins, sendo isso uma grande preocupação. Por isso, exigem cuidado na administração intravenosa e acompanhamento clínico e laboratorial criterioso. O tratamento tem duração variável, mas deve ser feito por pelo menos um mês.
O diagnóstico é feito através da coleta de sorologia, que detecta a presença de anticorpos contra o citomegalovírus. Os mais comuns são da classe IgG (imunoglobulina G) e IgM (imunoglobulina M).
Os anticorpos IgM estão presentes somente na fase aguda da infecção e os IgG, que também surgem na fase aguda, permanecem por toda a vida, constituindo o que se chama de cicatriz sorológica.
O médico infectologista deverá avaliar a necessidade de tratamento.
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