O saco gestacional (SG) é a primeira estrutura gestacional visualizada ao ultra-som, a partir da quarta semana de gestação. É umas das variáveis estudadas na realização do perfil biofísico fetal, que pretende avaliar a vitalidade ovular da gestação no primeiro trimestre.
Ao realizar o ultra-som, de preferência pela via transvaginal, o médico radiologista ou obstetra avalia algumas características do saco gestacional, que são:
A presença de SG de contorno irregular, com ausência do sinal do “duplo saco decidual”, com forma alongada e de implantação baixa (heterotópica), se associam a um risco considerável de abortamento. Quando também está presente hematoma subcoriônico maior que 50%, o risco de abortamento pode chegar a 95%.
A identificação ultra-sonográfica de SG menor do que o esperado para a idade gestacional, ou de crescimento reduzido em exames seriados, em gestações de 6 a 9 semanas, está associada a risco de abortamento espontâneo superior a 80%.
Por outro lado, a presença de SG de tamanho e/ou crescimento normais, com batimento cardioembrionário presente, em gestações de 6 a 9 semanas, associam-se a bom prognóstico gestacional, com índices de abortamento espontâneo inferiores a 2%.
Importante salientar que, se pelo ultra-som transvaginal, não for identificado embrião em SG com diâmetro médio maior do que 20 mm, pode-se tratar-se de gestação anembrionada (sem embrião).
É importante frisar que a avaliação da viabilidade do embrião é feita através da avaliação de diversos parâmetros ultrassonográficos, inclusive em exames seriados, e não isoladamente.
O médico ginecologista/obstetra deverá orientá-la quanto ao resultado do ultra-som.
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