A música Ocidental pode ser dividida em períodos, de acordo com a quantidade de instrumentos e com o estilo da música. As datas são apenas indicativas, pois entre um período e outro há sempre uma transição.
Período Renascentista (1450-1600): Praticamente não existiam orquestras, apenas instrumentos isolados como Alaúde, Flautas Doces e Viola da Gamba. Por isso, o estilo musical desse período é a polifonia coral, que se constitui de várias melodias cantadas ou tocadas ao mesmo tempo. A partir desta época começou a surgir um interesse entre os compositores em escrever peças apenas para instrumentos (música não religiosa). Contudo, as grandes composições da época foram feitas para a Igreja Católica. Destacaram nesse período Josquin de Pres, Giovanni da Palestrina, Orlando Lassus e Giovanni Gabrieli.
Período Barroco (1600-1750): Começam a aparecer as primeiras orquestras, que dariam origem à Orquestra Sinfônica como hoje a conhecemos. O estilo musical barroco consiste em ritmos enérgicos, melodias muito bem ornamentadas, alternando entre sons fortes e fracos e contrastando instrumentos de timbres diferentes. Os principais compositores dessa época são Cláudio Monteverdi, Jean Baptiste Luy, Arcângelo Corelli, Alessandro Scarlatti, Antonio Vivaldi, George Telleman, Johann Sebastian Bach, George Handel eDomenico Scarlatti.
Período Clássico (1750-1810): Novos instrumentos vão surgindo nas orquestras e elas vão aumentando de tamanho. A música passa a ser não tão complicada quanto à barroca, procurando apenas realçar a graça e a beleza das melodias e apresentar-se elegante e distinta. Foram Wolfgang Amadeus Mozart, Christoph Gluck, Carl Phillip Bach e Johann Stamitz e Joseph Haydn que se destacaram nesse período. Ludwing Van Beethoven representa bem a transição do período Clássico para o Romântico.
Período Romântico (1810-1900): Nesse período a Orquestra Sinfônica atinge seu ápice, em quantidade e tipos de instrumentos. Os compositores dessa época pretendiam romper com o clássico, desestabilizando a música considerada por eles como ultrapassada. Promoveu, assim, a liberdade de forma, maior expressividade das emoções, dando uma ênfase maior na harmonia. Houve uma maior preocupação em consolidar uma Música Nacional, que valorizasse as lendas dos seus países, inspirando-se nas canções folclóricas. Os que se destacaram nessa época foram Frederic Chopin, Robert Schumann, Peter Tchaikovsky, Johannes Brahms, Felix Mendelssohn, Carl Von Weber, Gioacchino Rossini, Franz Schubert, Hector Berlioz, Franz Liszt, Richard Wagner, Bedrich Smetana, Gustav Mahler e Richard Strauss. No Brasil, Carlos Gomes alcança grande prestígio com as óperas “O Guarani”, “Fosca”, “O Escravo”, dentre outras composições.
Período Moderno (1900 em diante): Introduziu-se nas orquestras a música Eletro-acústica, sintetizadores. Contudo, a essência da Orquestra Sinfônica continua a mesma. Nesse contexto, aparece uma derivação da OS: a Orquestra Jazz-Sinfônica. A diferença entre elas é que na Jazz-Sinfônica aparece instrumentos como trompotes, trombones, todas as categorias de sax e bateria.
Esse período é dividido em várias subdivisões, tais como Neoclássico, Contemporâneo e Vanguarda. Destacam-se neste cenário os Neoclássicos Carl Orff, Paul Hindemith, Maurice Ravel, Igor Stravisky, Benjamin Britten, Dimitri Schostakovich, Sergei Prokofieff, Heitor Villa-Lobos; os Contemporâneos Arnold Schoemberg, Alban Berg, Anton Webern, Kristoff Penderecky, Bela Bartok, Olivier Messiaen e os Vanguardistas: Pierre Boulez, Karlheinz Stockhausen, John Cage e Jorge Antunes.
Fontes GAMA, Nelson. Introdução às Orquestras e seus instrumentos. São Paulo, Britten, 2005.
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