A poluição nuclear, ou radioativa é como chamamos a poluição causada pela radiação. Pelo seu alto grau de periculosidade, é considerado o pior tipo de poluição.
Poluição é tudo aquilo que é introduzido (substâncias ou energia) no meio ambiente, trazendo consequências negativas e desequilíbrio para os seres vivos, inclusive para os humanos e para os ecossistemas. As substâncias radioativas podem ser naturais ou artificiais. Elementos naturalmente radioativos: Urânio, Césio, Estrôncio, Iodo, Criptônio e Plutônio.
A radioatividade foi descoberta em 1896, por Henri Becquerel e desde então foram desenvolvidas tecnologias para o uso da radioatividade e da energia gerada na transformação dos átomos.
Ela pode ser útil, pois a usamos para vários benefícios: radioterapia, radiografia, geração de energia, esterilização de materiais, desenvolvimento de indústrias, conservação de alimentos, uso militar (bombas), etc. A radiação ocorre naturalmente, mas atividades humanas a liberam em altas concentrações.
A energia nuclear surge a partir da fissão de núcleos atômicos de elementos radioativos, nas usinas nucleares. Essas atividades geram um lixo, que é radioativo e deve ser descartado em local apropriado e isolado, para não haver perigo de entramos em contato com tal. Algumas atividades hospitalares e em centros de pesquisas também produzem radiação. O lixo nuclear ou radioativo não é tratado como lixo comum.
As usinas nucleares geram 17% da energia elétrica do mundo. O Brasil também tem um programa nuclear, com 2 centros instalados no estado do Rio de Janeiro: Angra 1, Angra 2 e o desenvolvimento do Angra 3.
Os isótopos dos elementos radioativos se desintegram, formando radiação, alfa, beta e gama. A radiação gama tem maior poder de penetração nos tecidos, o que pode ser altamente prejudicial à saúde dos seres vivos. Para nós humanos, pode causar mutações, deficiências, diversas patologias, por ser tóxico ao nosso organismo. E a consequência são patologias como infecções, hemorragia, cânceres, perturbações mentais, distúrbios respiratórios e circulatórios e deformidades crônicas. A flora e a fauna também são atingidas, causando desequilíbrio nas comunidades. A poluição nuclear é impactante por não existir processos de limpeza, como nas outras poluições.
A gravidade do dano causado pela poluição nuclear vai depender do tempo de exposição ao contaminante, a intensidade e o tipo de radiação.
Uma vez que ocorre um acidente e há liberação da radiação no meio, a única coisa a ser feito é isolar a área. Para que desastres não ocorra, tem que haver um manuseio correto e seguro, atenção aos testes nucleares, monitoramento nos descartes de resíduos nucleares, cuidado no uso do raio x (limitação), por exemplo.
Nas usinas, os rejeitos são colocados em recipientes apropriados, com material isolante especial, como paredes espessas de concreto. Podem ficar ali parados de dezenas a centenas de anos, variando conforme o lixo descartado. Além disso, é importante que haja treinamento adequado aos profissionais envolvidos e a segurança do local, onde há atividade com material radioativo.
No Brasil, o maior acidente registrado foi em 1987, na cidade de Goiânia, que resultou na morte de mais de 400 pessoas. Um material de radioterapia foi abandonado e o Césio137, foi liberado, contaminando as população próximas. Foi criado um reservatório apropriado, com placas de chumbo, para o lixo ser isolado.
Um outro caso famoso, mundialmente é o acidente de Chernobyl que ocorreu na Ucrânia em 1986. Um reator da usina sofreu uma explosão e houve liberação de radioatividade, em quantidades letais, contaminando vastas extensões pela atmosfera. Além de causar prejuízo de bilhões de dólares, contaminou populações humanas, de flora e fauna. Houve morte de mais de 30 pessoas na semana do acidente e centenas de pessoas foram diagnosticadas com câncer, posteriormente. O governo retirou mais de 360 mil pessoas da região, para evitar maior contaminação.
Ainda há o caso de Fukushima, no Japão, que em 2011 sofreu com desastres naturais que levaram a um acidente na usina nuclear. Até hoje há indícios da contaminação, com o desenvolvimento de câncer na tireoide, pela população.
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