Roedores é como chamamos a ordem Rodentia. É dividida entre 30 famílias e mais de 2000 espécies, sendo provavelmente a ordem mais numerosa de mamíferos (chegam a representar 43% das espécies de mamíferos conhecidos). Mas a composição e número de táxons são alterados muitas vezes, depois dos estudos.
Os primeiros fósseis que temos é após a extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos atrás. As primeiras espécies são do antigo supercontinente Laurásia, depois houve colonização na África e posteriormente conseguiram chegar na América do Sul. Apesar dos marsupiais serem os primeiros mamíferos da Austrália, os roedores também chegaram e dominaram a fauna. A maior proporção desta ordem é encontrada na América do Sul, sendo que ela possui alguns gêneros e espécies endêmicas.
Originalmente estavam distribuídos em quase todo o mundo, exceto em algumas ilhas nos oceanos, na Nova Zelândia e na Antártida, porém, hoje foram introduzidos em toda parte. Como há uma grande variedade de espécies, elas divergem morfologicamente e ecologicamente, possuindo diversas adaptações, como em tamanho e peso, algumas com 5g, outras com até 80 kg; variam no tipo de habitat, alguns vivem a vida toda no subsolo, outras no dossel da floresta, alguns se adaptaram a uma vida urbana, como tipos de ratos, outros vivem no deserto e os encontramos até em meio aquático, como o castor.
A maioria das espécies são onívoras, mas existem aquelas que se alimentam só de plantas e outras que têm hábito especialista. Apesar de ser um grupo muito diverso, ele apresenta características em comum, como os dentes especializados para roer, possuem um único par de incisivos superiores (não possuem raízes, crescem continuamente) e um par inferior, não desenvolvido. Têm um par de superiores, com um ou mais pré-molares e molares. Nenhum roedor tem dentes caninos, ou mais de dois pares de incisivos. Quanto mais roem, os incisivos passam um no outro e ficam mais afiados, além de sofrerem desgaste.
A ordem rodentia tem um papel ecológico importante, uma vez que reproduz rápido e em grande quantidade, constituindo boa parte dos ecossistemas terrestres. Assim, contribuem para maior oferta de alimentos para predadores, uma vez que são presas de outros animais. Além disso, os roedores ganham destaque por muitas espécies possuírem populações desequilibradas, causando impactos ambientais, econômicos e na saúde humana, como a capivara, hospedeira do carrapato estrela, ou ratos que causam doenças, etc.
O músculo mais utilizado para estes animais roerem é o masseter, e a forma como o utilizam é que define a qual grupo de roedor o animal pertence.
Está dividida em 5 subordens:
Famílias de roedores brasileiros:
Referências:
https://animaldiversity.org/accounts/Rodentia/
R., R, Nélio et al. Livro: Mamíferos do Brasil, ed Eduel, ano 2006
S., F., Eliana. Ecologia da Cutia (Dasyprocta leporina) em um Fragmento Florestal Urbano em Campinas-SP. Tese de doutorado, Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista“Julio de Mesquita Filho”, 2005.
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