Pretérito perfeito do subjuntivo

Os verbos sofrem variações de número, pessoa, modo, tempo, aspecto e voz. Quando voltamos nossos estudos para o modo verbal, estamos necessariamente nos referindo a uma atitude do falante frente à ação designada pelo verbo. No que se referem ao modo subjuntivo, os verbos exprimem ações ou fatos de caráter suposto, duvidoso, incerto (se ocorreu ou quando ocorreu), hipotético ou mesmo irreal. Pode exprimir desejos, traduzir uma expectativa, tendo o seu emprego, portanto, uma relação com a vontade, a imaginação ou o sentimento do falante.

O pretérito perfeito do subjuntivo indica fatos supostamente concluídos ou um fato futuro concluído com relação a outro fato futuro. Apresenta apenas a forma composta (verbo auxiliar ter + particípio do verbo principal).

Vejamos alguns exemplos de empregos do pretérito perfeito do subjuntivo:

1) Em referência a um fato passado supostamente concluído:

Espero que tu não tenhas perdido a vaga no curso.

Espero que não a tenha ofendido. (Maria Judite de Carvalho, AV, 109)

Com as chuvas de verão, rezamos para que a casa na praia não tenha desabado.

2) Em referência a um fato futuro concluído em relação a outro fato futuro:

Quando eu chegar em casa, espero que João já tenha concluído o dever.

Que tenhas terminado o curso quando chegar a primavera.

O pretérito perfeito do subjuntivo segue o paradigma verbal dos verbos regulares:

Bibliografia:

CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 6ª ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2013. 800 p.

CEGALLA, D. P. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional. 2009. 696 p.