Quais os riscos da cirurgia ponte de safena?

A cirurgia de revascularização miocárdica, em que pode ser utilizada a ponte de safena, é realizada há muitos anos, e suas indicações e riscos são bem estabelecidos. Os riscos da cirurgia podem ser divididos em imediatos e tardios e estão relacionados à seleção do paciente e à experiência cirúrgica da equipe.

Sendo assim, sempre será realizada uma avaliação pré-operatória pela equipe de cirurgia cardíaca e anestésica, de modo a conhecer as outras doenças do paciente e determinar se o benefício da cirurgia supera o risco, quando, então, será indicada a cirurgia.

Os riscos imediatos da cirurgia de revascularização miocárdica são:

  • Mortalidade imediata, que varia de 1 a 10%, dependendo das características do paciente. Os principais fatores associados a um mau desfecho são: idade avançada, cirurgia prévia, disfunção do ventrículo esquerdo, cirurgia de emergência, choque cardiogênico (cardíaco), presença de outras doenças.
  • Infarto agudo do miocárdio;
  • Acidente vascular encefálico (derrame cerebral);
  • Mediastinite (infecção do mediastino, local onde fica o coração)
  • Síndrome do baixo débito cardíaco (o coração não consegue fornecer fluxo sanguíneo adequado aos outros órgãos);
  • Arritmias
  • Complicações pulmonares: atelectasias (uma região do pulmão pára de funcionar), insuficiência respiratória, aumento de secreção pulmonar, broncoespasmo (chiado), pneumotórax (entrada de ar entre a parede torácica e os pulmões), paralisia diafragmática (um dos pulmões não expande);
  • Insuficiência renal (os rins param de funcionar).

O resultado cirúrgico a longo prazo depende de vários fatores:

  • Extensão da doença coronariana (grau e quantidade de coronárias obstruídas);
  • Resultado da cirurgia;
  • Progressão da aterosclerose (obstrução) nos vasos coronarianos;
  • Impacto da doença não cardíaca (diabetes, doença pulmonar, insuficiência renal, etc).

A cirurgia de revascularização miocárdica apresenta muitos riscos, contudo pode ser a única forma de tratamento para alguns pacientes. A cirurgia ainda é o método de tratamento mais comum e duradouro das formas complexas de doença coronariana. A equipe de cirurgia cardíaca deve indicar e explicar ao pacientes os riscos e benefícios da cirurgia.

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