Existem basicamente três processos de eletrização conhecidos. Por atrito, por contato (condução) e por indução. A eletrização por atrito ocorre basicamente com materiais considerados isolantes. Um dos materiais, quando friccionado com outro material, perde elétrons e fica carregado positivamente. O outro material ganha estes elétrons ficando carregado negativamente conforme mostra a figura 01.
Já no processo de indução, exige-se um material condutor pra ser utilizado como induzido. Na eletrização por contato, é necessário que pelo menos um dos dois seja condutor de eletricidade. Isto porque otimiza a distribuição das cargas pelo respectivo corpo. Portanto, a eletrização é máxima se os dois materiais envolvidos são condutores, pois as cargas vão fluindo até atingir um equilíbrio eletrostático.
A série triboelétrica foi criada pra classificar os materiais que se eletrizam por atrito, quanto à facilidade de trocarem cargas elétricas. Série triboelétrica é portanto o termo utilizado para designar uma listagem de materiais em ordem crescente quanto à possibilidade de perder elétrons. Ou seja, quanto maior a facilidade em adquirir cargas positivas, mais alta é a posição que ocupa na tabela. É o caso do atrito entre lã e PVC. Deste modo, foram classificados conforme o quadro abaixo.
Maior facilidade em obter carga positiva | |
Pele humana seca | |
Couro | |
Pele de coelho | |
Vidro | |
Cabelo humano | |
Nylon | |
Lã | |
Chumbo | |
Pele de gato | |
Seda | |
Alumínio | |
Papel | |
Neutros | Algodão |
Aço | |
Maior facilidade em obter carga negativa | |
Madeira | |
Âmbar | |
Borracha dura | |
Níquel e cobre | |
Prata e latão | |
Ouro e platina | |
Poliéster | |
Isopor | |
Filme de PVC | |
Poliuretano | |
Polietileno | |
PVC | |
Teflon |
Nota-se então que a otimização na transferência de cargas elétricas acontece quando são atritados corpos dos extremos do quadro. Ou seja, quando são atritados aquele que ocupa a posição mais alta da quadro com o que ocupa a posição mais baixa da tabela. Isto é uma consequência da conservação das cargas elétricas, pois os elétrons perdidos pelos corpos do topo do quadro são absorvidos pelos corpos da posição mais baixa da tabela. O atrito de um corpo com o vizinho imediatamente abaixo ou imediatamente acima, segundo esta classificação, é menos favorável à troca de elétrons.
Referências bibliográficas:
LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da, ALVARENGA, Beatriz, Física: Volume único, São Paulo: Scipione, 2003.
Série triboelétrica – laboratório de Física III – UNESP. Disponível em: (http://www.dfq.feis.unesp.br/docentes/MarceloII/01-Eletrostatica.pdf)
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