Aerofotogrametria é o nome dado ao método de obtenção de dados topográficos por meio de fotografias aéreas, geralmente, com o fim de mapeamento.
Assim como na foto-interpretação as informações quantitativas estão registradas em cores (bandas) captadas através de uma câmera fotográfica ou métrica que capta a energia irradiada/refletida pelos objetos.
Este método, embora muito utilizado para fins de mapeamento, assim como qualquer outro método de representação da superfície terrestre oferece algumas limitações. Neste caso, as limitações se referem à interpretação das imagens obtidas, que exigem perícia do intérprete para reconhecer e diferenciar objetos, principalmente, porque a forma destes (meio pelo qual se faz o reconhecimento) pode ser alterada de acordo com a perspectiva da maquina na hora do registro da imagem (fotografia) ou mesmo devido as características de interação da radiação eletromagnética com o alvo ou o conjunto observador-sensor.
Outra dificuldade encontrada para esta técnica está na instabilidade do vôo, principalmente quando feito em local onde venta constantemente. Quando a aerofotogrametria é feita com o intuito de mapear o local, traça-se um plano de vôo de forma que as fotos sejam tiradas “em faixas” que cobrirão, paralelamente, todo o terreno. Para isto, o ideal seria manter o vôo em linha reta e a uma altura constante, entretanto, isso nem sempre é possível causando pequenas distorções nas fotos. Cada foto tirada em uma faixa de vôo deve sobrepor-se a outra em 25% lateralmente, e em 60% longitudinalmente.
Se o objetivo for a confecção de ortofotos (representação fotográfica de um terreno com a mesma validade de uma carta) a superposição longitudinal pode ser de 80%.
O material básico para a execução da aerofotogrametria é: a câmera fotográfica (ou métrica) que costuma ser especializada. Nestes casos ela é equipada com objetiva de foco fixo calibrado, intervalômetro e o estatoscópio mais a base suporte (que pode ser chamada de “berço”); os filmes ou materiais sensíveis, a revelação e a aeronave.
Na aerofotogrametria as fotos podem ser classificadas em: terrestres, quando seu eixo ótico é horizontal; aérea vertical, quando seu eixo ótico é vertical; aéreas oblíquas altas, quando o eixo ótico é inclinado de forma a abranger o horizonte; ou ainda, em aéreas oblíquas baixas, quando o eixo ótico é inclinado, mas sem abranger o horizonte.
A primeira foto aérea foi tirada em 1858, por Tournachon de um balão, para ser usada na confecção de mapas. Mas foi com a I Guerra Mundial que as aerofotos tornaram-se realmente importantes, tendo sido fundamentais na II Guerra Mundial.
No Brasil, o levantamento aerofotogramétrico deve ser previamente autorizado pelo Ministério da Defesa e somente por empresas especializadas e autorizadas pelo Ministério para tal finalidade ou por entidades do governo, devendo ser informada a área de abrangência do levantamento e localização.
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