Agricultura extensiva e intensiva

Os sistemas de produção utilizados para o desenvolvimento da agricultura podem ser classificados, de modo geral, em dois tipos: a extensiva e a intensiva.

Essas diferenças se baseiam no tamanho da propriedade, da área em cultivo, dos investimentos, das técnicas e das formas de utilização da mão de obra no serviço.

A agricultura extensiva é praticada em grandes extensões territoriais, nas quais se utiliza técnicas rudimentares e tradicionais para o manuseio da terra, o incremento de aparatos tecnológicos é baixo, e as vezes inexiste, não há uso de insumos para preparações e correções de solo, por exemplo. Devido ao pequeno uso de técnicas modernas para o cultivo, a sua produtividade é baixa, ficando em desvantagem no mercado. É comum em países em desenvolvimento e com baixo desenvolvimento econômico.

Agricultura extensiva demanda muita mão de obra pouco qualificada. Foto: keantian / Shutterstock.com

A agricultura intensiva é praticada em áreas de alto valor comercial, tal qual há um maior investimento na produção, para uma maior produtividade e maior rentabilidade do uso do solo. Essa agricultura se caracteriza pelo alto uso de tecnologias nos meios de produção, como os maquinários, tratores, arados mecanizados, assim como o uso de pesticidas, insumos para o solo, entre outros. A utilização de meios tecnológicos, biotecnologias, fertilizantes químicos, aumentam a produtividade, aumentando a vantagem dessa agricultura no mercado. É comum em países com alto desenvolvimento econômico.

Ambas formas de produção agrícola possuem vantagens e desvantagens de seu uso. A agricultura extensiva tem como vantagens a não exaustão dos nutrientes do solo e o controle natural das pragas, já como desvantagem possui a baixa produtividade. A agricultura intensiva tem como vantagem a alta produtividade, mas como desvantagem tem o uso de agro químicos que podem causar doenças a quem estiver em contato e quem consumir e o esgotamento do solo.

Agricultura intensiva dispõe de grandes máquinas para auxiliar no cultivo. Foto: ChiccoDodiFC / Shutterstock.com

A agricultura intensiva é utilizada principalmente para a produção das monoculturas, produções em larga escala de uma única cultura, como por exemplo, as plantações de soja, milho, trigo, entre outras culturas. Na agricultura extensiva é mais comum existir a policultura, plantações de diversas culturas no espaço de produção.

A plantação das monoculturas causa um grande problema ambiental devido ao esgotamento dos nutrientes presentes naquele solo, pois quando há uma única espécie sendo plantada, ela necessita de nutrientes específicos do solo. Não havendo uma rotatividade, seus nutrientes irão acabar, já que essa espécie necessita deles para seu desenvolvimento. Quando o solo se esgota ele é abandonado e inicia a plantação em outro lugar, geralmente o local sofre um desmatamento e a partir de então são iniciados os processos de produção, até que ocorra novamente o desgaste do solo e seja novamente abandonado, e ir em busca de outra área. Enquanto na agricultura extensiva, com o uso de técnicas rudimentares há a utilização da rotação de culturas, onde o solo tem um período de descanso, podendo se regenerar.

Outro fator que implica na alta produtividade da agricultura intensiva é o uso dos produtos transgênicos, espécies modificadas geneticamente para um desenvolvimento mais rápido de acordo com a utilização de insumos agrícolas específicos, que geralmente são fabricados pela mesma indústria que desenvolve a mudança genética na semente, o que aumenta a produtividade.

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