A Bitcoin, auto-definida como “uma rede de pagamento inovadora e um novo tipo de dinheiro” (bitcoin.org), depois de anos de pesquisa teve seu conceito publicado em 2009, mas se tornou realmente conhecida em 2013. Popularmente descrita como um item de troca via internet, a Bitcoin é vista por cientistas da computação como um protocolo perturbador e, acima de tudo, revolucionário. Como um protocolo, a Bitcoin ainda está em seus estágios iniciais de desenvolvimento, logo suas especificações são muitas vezes modificadas. Algumas perguntas sobre certas especificações ainda se encontram em aberto, o que acaba fazendo que muitas pessoas desacreditem neste modelo. Sobre este questionamento o próprio site da instituição declara que:
O Software Bitcoin ainda está em beta, com muitas funcionalidades incompletas, porém em desenvolvimento ativo. Novas ferramentas, recursos e serviços estão sendo desenvolvidos para fazer Bitcoin mais seguro e acessível para as massas. Algumas delas ainda não estão prontas para todos. A maioria dos negócios com Bitcoin são novos e ainda não oferecem segurança. Em geral, o Bitcoin ainda está no processo de amadurecimento (bitcoin.org).
Segundo estudos de analistas tanto de áreas econômicas quanto computacionais, o sistema de estabilidade da moeda tem uma programação de auto ajuste anual de oferta onde quanto maior a procura por Bitcoins, mais restrita será a geração. Ou seja, é a tradicional lei de oferta e procura funcionando a partir de seus logaritmos. Atualmente, 25 Bitcoins são gerados a cada 10 minutos, e de acordo com os prognósticos de sua programação, em 2017 esse número cairá para 12,5.
Como todas as moedas físicas a Bitcoin também é fracionada, porém em um número muito maior. Enquanto uma moeda tradicional como o Real (BRL) ou o Dólar Norte Americano (USD), por exemplo, possuem 2 casas decimais – ,00 – a Bitcoin (BTC) possui 8 – ,00000000 – ou seja, pode chegar a ser dividida em 100 milhões de subunidades.
Acerca da popularidade da Bitcoin, o economista estadunidense Nouriel Roubini, conhecido como ‘Dr. Catástrofe’, declarou a partir de sua conta de Twitter que a Bitcoin é uma prática de pirâmide e um meio para atividades ilegais. Entretanto, a opinião pública de modo geral tem visto a novidade de modo positivo. Pedro Duarte Garcia, professor nas áreas de economia da USP, em entrevista a um portal de notícias declarou: “É uma moeda virtual que, como qualquer moeda atual hoje no mundo, é baseada na confiança. Ela funciona e é usada enquanto todo mundo que usa acredita que ela funciona”.
Opiniões populares sobre a Bitcoin:
“Sou um grande fã da Bitcoin... A regulamentação da oferta de moeda deve ser despolitizada”.
Al Gore – Ex-vice-presidente dos Estados Unidos e vencedor do prêmio Nobel da Paz.
“A Bitcoin é uma proeza tecnológica”.
Bill Gates – Cofundador da Microsoft.
“Todas as pessoas informadas precisam saber a respeito da Bitcoin, pois ele pode ser um dos acontecimentos mais importantes do mundo”.
Leon Louw – Autor, palestrante e consultor político.
Há um número crescente tanto de pessoas quanto empresas utilizando a Bitcoin por todo o mundo. O endereço coinmap.org mostra os locais onde esta e outra moeda virtual, a Litecoin são aceitas. Segundo informações da página institucional, cada vez mais pessoas e empresas estão negociando em Bitcoin no momento da venda/compra de produtos ou prestação de serviços. Ainda de acordo com a Bitcoin, até mesmo serviços oferecidos pelas páginas Namecheap, WordPress, Reddit e Flattr podem ser pagos por esta moeda virtual.
Referências G1. Moeda virtual bitcoin começa a ganhar espaço no comércio brasileiro. Disponível em < http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/02/moeda-virtual-bitcoin-comeca-ganhar-espaco-no-comercio-brasileiro.html >
YERMACK, David. Is bitcoin a real currency? An economic appraisal. Disponível em < http://www.nber.org/papers/w19747.pdf >
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