O controle de natalidade é visto em muitos países como uma solução para o crescimento populacional, a partir de políticas públicas para o incentivo da diminuição do número de nascimentos no país, por meio de campanhas, distribuição gratuita de contraceptivos, preservativos, entre outros.
Essa ideia de utilizar o controle de natalidade como método de diminuir os nascimentos, vem das teorias malthusiana e neomalthusiana, teorias demográficas que analisam o alto índice populacional de um país como o fator principal de seu baixo desenvolvimento econômico, colocando em vista que os países com maiores índices de desenvolvimento econômico tem baixo crescimento populacional, e conseguem esse fato a partir da utilização dos controles de natalidade.
A China, por exemplo, utilizou durante décadas uma política de controle de natalidade conhecida como Política do Filho Único, onde ela regulamenta por lei que os casais não podem ter mais do que um filho, sendo penalizados caso tenham um segundo filho, ou mais. Essa política vigorou de 1970 até 2015, quando foi modificada para permitir até dois filhos por casal. Muitos analistas indicam que ela tenha auxiliado na contenção da explosão demográfica no país, visto que a China é o país mais populoso do mundo, e atualmente se encontra entre as maiores potências mundiais. Porém essa política implica em problemas relacionados a abortos de bebês do sexo feminino, pois há preferência ao sexo masculino, principalmente nas áreas rurais do país, causando um desequilíbrio na população da China, onde há mais homens do que mulheres.
Políticas de controle de natalidade rigorosas como a da China ocorrem pelo mundo baseadas nas teorias demográficas, porém, existem formas menos rígidas de conter as taxas de natalidade, como a distribuição de preservativos, contraceptivos, educação sexual nas escolas, entre outros métodos que não implicam em determinar ações de tamanha rigidez e que não tragam malefícios, como o aborto clandestino e inseguro, por exemplo.
Por outro lado os controles de natalidade podem afetar as economias dos países após as fases de transição demográfica, pois com a redução de natalidade em um país, a faixa etária de crianças diminui, e quando essa leva de crianças estiver na fase adulta, o número de pessoas em idade ativa para o trabalho, mão de obra, será baixa, diminuindo a quantidade de arrecadação governamental a partir da força de trabalho e consequentemente uma menor renda de produto interno bruto (PIB) dentro do país.
Países como a França vem incentivando um aumento da natalidade, pois se encontra com baixos índices de crescimento, e uma maior população na faixa etária idosa, onde o governo tende a gastar muito com o pagamento dos benefícios e está arrecadando pouco, devido o baixo número de mão de obra, com isso, incentiva as famílias, principalmente às mulheres que trabalham, com auxílios de creches e escolas públicas, pois necessita de maior crescimento para suprir os gastos.
Bibliografia:
ALMEIDA, Mauricio de – Geografia Global 2 – São Paulo: Escala Educacional, 2010.
SAMPAIO, Fernando dos Santos – Para viver juntos: geografia 7º ano - 3. Ed – São Paulo: Edições SM, 2012.
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