O envelhecimento da população brasileira é um fenômeno recente, devido as melhorias nas condições de vida pelas quais o país passou nas últimas décadas, aumentou-se a expectativa de vida, e consequentemente a população idosa no Brasil.
No geral a estrutura etária de um país não deve ser um problema, mas uma realidade demográfica na qual necessita de orientações das políticas públicas para seu gerenciamento. Como por exemplo a manutenção dos setores que envolvem especialmente a população idosa e maiores investimentos nessas áreas de maior necessidade e no setor previdenciário.
O setor previdenciário é um dos mais importantes quando se pensa na população idosa, uma vez que seu sustento sairá desse setor, a partir do pagamento de seus benefícios e aposentadorias, os valores que são gerados para o setor previdenciário vem da contribuição dos trabalhadores mais jovens e das empresas, onde há descontos mensais em seus salários, ou pagamentos de carnês, para o INSS (Instituto Nacional do Serviço Social), órgão no Brasil que regula a previdência social. Atualmente os valores pagos pelo setor previdenciário são baixos, e muitas vezes não suprem as reais necessidades da população idosa no país, principalmente as que possuem altos gastos com medicamentos, já que é uma realidade que a população idosa possui uma saúde mais frágil.
No Brasil o aumento do número de idosos na população tem sido visto como um problema demográfico, principalmente devido ao pagamento da previdência social, pois aumenta os gastos públicos. Porém, alguns analistas questionam essa visão, pois há no mercado de trabalho atualmente um alto número de mão de obra que supre o pagamento das contribuições, o problema se encontra nas crises econômicas que assolam essa população que acaba por optar fazer trabalhos informais nos quais não há contribuição à previdência social, causando um elevado gasto público para o pagamento dos benefícios à população idosa.
O aumento da população idosa que ocorreu nas últimas décadas no Brasil, acompanhou o aumento da população adolescente em idade ativa, pois a redução da taxa de natalidade apenas reduziu o número de crianças, pois é um fator recente no país, não assolando o número de adultos e adolescentes por enquanto. É visto que futuramente o número da população economicamente ativa (PEA) irá se reduzir, a partir de então haverá uma significativa mudança no panorama etário do país, o que resultará em implicações com as contribuições e consequentemente com os benefícios aos idosos.
Contudo atualmente se houvesse a inserção da mão de obra jovem disponível no mercado de trabalho, nos ramos formais, a situação de contribuições e gastos seria equilibrada, não afetando os gastos do setor previdenciário nas contas governamentais, pois haveria números equivalentes de população trabalhando e pagando os encargos sociais, assim como a população idosa que receberia seu benefício pelo tempo já trabalhado.
É visto também que há necessidade intensa de melhorias nos setores de atendimento a população idosa, já que seu aumento significativo é uma realidade ao país, principalmente nos atendimentos médicos especializados (como os geriatras), na acessibilidade (devido a redução da mobilidade), melhoria nos valores de aposentadorias, atendimentos prioritários, entre outros fatores que envolvem diretamente a vida da população idosa no dia a dia, pois ela requer cuidados diferenciados e adaptados as suas necessidades.
Bibliografia:
ALMEIDA, Mauricio de – Geografia Global 2 – São Paulo: Escala Educacional, 2010.
SAMPAIO, Fernando dos Santos – Para viver juntos: geografia 7º ano - 3. Ed – São Paulo: Edições SM, 2012.
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