As fraturas de coluna são um dos principais causadores de morbidade e mortalidade na população mundial. As causas das fraturas na coluna vertebral são os mais distintos, variando entre acidentes automobilísticos, quedas de alturas, lesões decorrentes de violência e traumas desportivos. Quanto aos dados epidemiológicos, estima-se que os traumas neurológicos ocorram principalmente com adultos jovens, sendo 40% de ocorrência de fraturas cervicais, 15-20% de fraturas torácicas e 35% de fraturas lombares.
Com os grandes índices de fraturas de coluna vertebral, percebe-se a necessidade de entender de forma mais profunda quais são os possíveis prejuízos que esse tipo de lesão pode vir a manifestar. Dentre eles, podemos citar a incapacidade, dificuldade temporária ou permanente para a realização das AVD’s, dores crônicas locais ou no segmento inervado, bem como o desenvolvimento de outros problemas, tais como: instabilidades vertebrais tetraparesia transitória, apofisite de coluna, espondilólise traumática, fraturas de arco vertebral, paraplegia, tetraplegia, entre outras. Dentre os mecanismos de lesão, podemos citar os seguintes movimentos: flexão, extensão, cisalhamento, torção, microtraumas repetitivos, movimentos com impacto, movimento em chicote, entre outros.
Os principais perfis de indivíduos acometidos com esse tipo de fratura traumática envolvem adultos jovens, em idade economicamente ativa, que acabam resultando em lesões neurológicas significativas e incapacitantes, tornando-os na maior parte das vezes dependentes para a realização de atividades de vida diária. O comprometimento neurológico caracteriza-se através de escalas, como a de Frankel, associada à escala de avaliação de fraturas, como a de Magerl.
No entanto, as fraturas podem ser classificadas da seguinte forma:
Escala de Magerl:
Já o comprometimento neurológico pode ocorrer de duas formas:
A partir dessa classificação, podem-se estabelecer padrões de lesão neurológica a partir das fraturas da seguinte forma:
Conforme as características citadas anteriormente, podemos ilustrar através da escala de Frankel para melhor compreensão.
Outra escala amplamente utilizada para diagnóstico e classificação de disfunção a partir das fraturas de coluna é a escala de disfunção da ASIA:
Segundo a classificação de Denis, as fraturas são descritas com as seguintes características:
Porém, é imprescindível que se realize acompanhamento médico e exames complementares para que o diagnóstico seja feito de forma correta, tais como ressonância magnética, raio x, tomografia, mielografia, dentre outros. Dessa forma, as condutas serão melhores selecionadas pelo médico.
Tipo de lesão/Estrutura | Coluna anterior | Coluna média | Coluna posterior |
---|---|---|---|
Compressão | Compressão | Nenhum | Nenhum ou distração (em lesões graves) |
Explosão | Compressão | Compressão | Nenhum ou distração |
Distração | Nenhum ou compressão | Distração | Distração |
Fratura/ Luxação | Compressão e/ou rotação, cisalhamento | Distração e/ou rotação, cisalhamento | Distração e/ou rotação, cisalhamento |
Bibliografia:
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
TORTORA, Gerard J. Corpo Humano – Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. Porto Alegre. 4ª ed. Artmed Editora. 2000.
https://pt.slideshare.net/AdrianoPires/fraturas-da-coluna-lombar
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