Os ossos da mão são um conjunto com diversos ossos que compõem a extremidade do membro superior. Na posição anatômica universal, as mãos sempre apresentam a palma direcionada para a frente, também denominada supinada, facilitando assim a localização das estruturas que serão estudadas. Sendo assim, a contagem dos metacarpos inicia da região lateral para medial, iniciando pelo polegar, finalizando no dedo mínimo. É responsável por realizar diversos movimentos relacionados à coordenação motora ampla e fina, tornando-a assim um segmento importante no que diz respeito à funcionalidade.
A mão é composta por três grupos principais: carpo, metacarpo e falanges.
As estruturas que compõem a mão são interligadas por ligamentos e recebem a inervação decorrente da estrutura da coluna cervical. As principais inervações que mantém a sensibilidade e resposta aos estímulos nervosos são a inervação radial, que chega ao polegar partindo das estruturas cervicais C6-C8*; inervação mediana, que chega até a face lateral do IV dedo, passando pelo III dedo, II dedo estendendo-se até a face medial do I dedo (polegar), partindo das estruturas cervicais de C5-C8*; inervação ulnar, que compreende a face medial do IV dedo e o V dedo, partindo das estruturas nervosas de C8 a T1.
As inervações radial, mediana e ulnar são parte importante das estruturas que formam o plexo braquial. A integridade dessas estruturas que compões a mão garantem a funcionalidade e a possibilidade de desenvolver movimentos da motricidade ampla e fina, sendo um grande diferencial em relação aos outros animais. Um dos principais movimentos que acabamos desenvolvendo com o tempo foi o movimento de pinça, sendo este realizado pelo I dedo em relação à todos os outros dedos que compõem a mão.
Assim como em outras estruturas do corpo, o I e II metacarpos apresentam estruturas denominadas ossos sesamóides, localizados na palma da mão, sendo responsáveis por diminuir a sobrecarga e tensão nos tecidos adjacentes devido à sua funcionalidade, bem como protegem os tendões do desgaste excessivo, podendo assim modificar o ângulo dos tendões em sua passagem até a inserção. O número de ossos sesamóides nas mãos podem variar em cada indivíduo.
Com o tempo, os seres humanos acabaram por aperfeiçoar os movimentos de coordenação motora fina. Dessa forma, nos diferenciamos dos demais animais devido aos movimentos que conseguimos realizar. Os movimentos de adução e abdução dos dedos, flexão e extensão dos dedos são os mais comuns entre todos animais. Porém, a movimentação em pinça e oponência do polegar em relação à todos os dedos da mão nos diferencia, sendo estes movimentos considerados de grande valia em relação ao desenvolvimento da motricidade fina.
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Referências:
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
TORTORA, Gerard J. Corpo Humano – Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. Porto Alegre. 4ª ed. Artmed Editora. 2000.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/corpo-humano/ossos-da-mao/
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