Ossos do pé

Os ossos do pé são um grupo de estruturas de tamanho pequeno, que articulam-se entre si afim de promover a funcionalidade e propriocepção do corpo como um todo. Os três grupos ósseos que compõem o pé são: Tarso, metatarso e falanges.

O tarso é um termo coletivo para os sete ossos que compõem a estrutura. O tálus (osso do tornozelo) e o calcâneo localizam-se na porção posterior do pé. A porção anterior é composta pelos ossos cuboide, navicular, cuneiformes (sendo estes medial, intermédio e lateral). O tálus é o único osso do pé que se articula de forma direta com a tíbia e fíbula. Ele é envolvido pelo maléolo lateral da fíbula e pelo maléolo medial da tíbia. Já o osso calcâneo, se caracteriza por ser o osso mais forte de toda a estrutura do pé.

Ossos do pé. Ilustração: Alila Medical Media / Shutterstock.com

Já o grupo do metatarso, se constituem por cinco ossos metatarsais, numerados de I a V da posição medial para lateral. Se assemelham estruturalmente com os ossos do carpo (da mão), sendo estes compostos basicamente por uma estrutura denominada base proximal, corpo médio e cabeça distal.

  • O I metatarso se articulará com o osso cuneiforme medial; sendo este de característica mais espessa; também apresenta um pequeno osso que serve de polia, facilitando assim a função de descarga de peso.
  • O II metatarso se articulará com o osso cuneiforme intermédio e medial;
  • O III metatarso se articulará com o osso cuneiforme lateral;
  • O IV e V metatarsos se articularão com o osso cuboide;

Nas falanges, percebemos novamente uma breve semelhança com as falanges da mão, tanto em número quanto em forma estrutural. Cada falange consiste em uma base proximal, corpo médio e cabeça distal. Apenas o hálux se diferencia com duas falanges grandes e pesadas, enquanto as demais possuem três falanges cada uma (denominadas, proximal, média e distal).

Anatomicamente, os ossos do pé se organizam em dois arcos. Esse formato estrutural permite ao pé a sustentação do peso do corpo, bem como fornecer alavanca para realizar as fases da deambulação. Estes arcos não são rígidos, necessitando de mobilidade conforme o peso se distribui durante o movimento, auxiliando assim a realizar o movimento de forma funcional e absorver o impacto durante os movimentos. Esses arcos são denominados:

  • Arco longitudinal: se forma a partir do calcâneo percorrendo pela base do tálus, cuneiformes até a extremidade distal dos ossos metatarsais. Ele consiste de uma parte medial (interna) e uma lateral (externa).
  • Arco transverso: forma-se basicamente pelo osso navicular, os três cuneiformes e as extremidades dos cinco ossos metatarsais.

O posicionamento dos ossos para que os arcos se mantenham anatomicamente se dá pelos ligamentos e tendões. Uma vez que os mesmos estiverem enfraquecidos, pode ser que o arco longitudinal “caia” e consequentemente ocorrerão o que se denomina como adaptação postural, podendo dar origem a diversas patologias, não apenas localizadas na estrutura do pé, mas sim no organismo como um todo.

O pé é a estrutura responsável para que possamos realizar todas as fases da marcha. Conforme a estrutura anatômica e os arcos plantares, juntamente com grupos musculares específicos do organismo, conseguimos realizar o deslocamento do corpo. As fases da marcha que o pé é responsável por realizar, são:

  • Fase de apoio: se subdivide em contato inicial, resposta à carga, apoio médio, apoio terminal e pré balanço.
  • Fase de balanço: se subdivide em balanço inicial, balanço médio e balanço terminal.

A locomoção, executada pelos membros inferiores, promovem maior funcionalidade para todo o organismo. Os pés são as estruturas responsáveis por manter a propriocepção do corpo em sua totalidade, bem como pela distribuição das cargas executadas durante a ação da marcha.

Leia também:

  • Ossos da perna
  • Ossos do tronco
  • Ossos do braço
  • Ossos da mão
  • Ossos da cabeça

Referências

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

TORTORA, Gerard J. Corpo Humano – Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. Porto Alegre. 4ª ed. Artmed Editora. 2000.

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