O Oceano Glacial Ártico representa um conjunto de mares situados nas áreas mais ao norte do globo terrestre. Esses mares são limitados pelas costas setentrionais da Europa, da Ásia e da América. Além disso, tem como seu limite extremo ao sul o Círculo Polar Ártico, que demarca 65°30’ de latitude norte. Esse oceano tem comunicação com o Pacífico pelo estreito de Bering; com o Atlântico pelo mar de Lesseps, localizado entre a Noruega e a Groenlândia; e pelo estreito de Davis. A sua superfície tem aproximadamente 15 milhões de quilômetros quadrados – sendo que toda a região do Ártico tem, ao todo, 21 milhões de quilômetros quadrados.
Os mares que o integram são: o de Lesseps, o de Barentz e o de Kara, entre a Nova Zembla e a Sibéria; o de Nordenskjoeld, entre a península de Taimur e o arquipélago da Nova Sibéria; e o de Baffin, entre a terra de mesmo nome e a Groenlândia. O mar de Baffin se comunica com o estreito de Bering através de uma série de canais não navegáveis – por causa do gelo – com o nome de Passagem do Noroeste. Também existe uma Passagem do Nordeste, com outra série de cais, através dos quais chegam ao estreito de Bering e ao Japão os navios que com origem do Atlântico.
As águas da costa ocidental da Groenlândia chegam a ser uns 5° menos frias que as das costas orientais. Já a profundidade diverge bastante. Enquanto a do estreito de Bering é de apenas uns 50 metros, ao norte de Spitzberg chegam a atingir 4.000 metros.
Acredita-se que as correntes quentes do Equador (Gulf Stream) chegam ao Oceano Glacial Ártico pelo norte do Atlântico, entre a Noruega e Spitzberg; que as correntes frias do polo vão pelo canal de Smith e pelos muitos outros que existem no arquipélago polar americano, para se encontrarem no mar de Baffin. Acredita-se também que outra corrente, partindo das proximidades do estreito de Bering, atravessa regiões pouco exploradas, desembocando no Atlântico pela costa oriental da Groenlândia.
No Ártico, assim como também ocorre na região antártica, as temperaturas são responsáveis pelo congelamento de grande parte da superfície das águas oceânicas. Essas águas congeladas acabam formando banquisas, que são camadas de gelo flutuante, com extensões que diminuem no verão e se ampliam no inverno. Outra característica dessas áreas é a formação das inlandsis, que são espessas camadas de gelo, constutídas pela compactação da neve. Elas se formam sobre a terra e podem adquirir cerca de quatro mil metros de espessura. No litoral, ao deslizarem sobre o oceano, as inlandsis se partem em grandes blocos que flutuam no mar, os famosos icebergs.
Apesar do clima rigoroso, existe fauna e uma variedade de formas de vida na região desse oceano. Algas, corais, camarões, diferentes espécies de baleias e peixes habitam suas águas. Além disso, especialmente no verão (quando ocorre o degelo), bandos de aves migratórias e mamíferos aparecem para a procriação.
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Referencial Bibliográfico:
ATLAS Geográfico Mundial: para conhecer melhor o mundo em que vivemos. [S.l.]: Sol9o, 2005.
GROTZINGER, John P.; JORDAN, Thomas H. Para entender a terra. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Geografia Geral e do Brasil – ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2005.
VICENTE, Orlando. Enciclopédia Base. São Paulo: Iracema, 2009.
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