As moléculas orgânicas chamadas de aminoácidos se juntam por meio de ligação covalente para formar os peptídeos. Então, peptídeos são biomoléculas composta por dois ou mais aminoácidos que se ligam.
Um aminoácido tem esta estrutura geral:
Um dipeptídeo é uma molécula com dois aminoácidos. Ele se forma a partir da ligação covalente do grupo amina de um aminoácido com o grupo carboxila de outro. Essa é a chamada de ligação peptídica, uma reação química que libera água e forma um dipeptídeo com dois resíduos de aminoácidos.
Podemos classificar um peptídeo segundo o número de aminoácidos:
Dipeptídeo, com dois resíduos de aminoácidos, tripeptídeo com três resíduos e segue sequencialmente. Uma molécula com pouca quantidade de resíduos de aminoácidos é chamada de oligopeptídeo, com muitos resíduos chamamos de polipeptídeo. Proteínas são chamadas de polipeptídeos por alguns autores, por ser um grande polímero de aminoácidos. Lehninger diferencia polipeptídeos de proteínas pela massa molecular: abaixo de 10.000 chama de polipetídeos e acima disto chama de proteína. Aqui trataremos proteínas como grandes polipeptídeos.
Um peptídeo pode ainda ser classificados segundo sua natureza acido-básica e isso vai depender do radical “R” de seus aminoácidos. Se a maior parte do polímero tiver “R” que ioniza negativamente, teremos um peptídeo de caráter ácido. Se a maioria tiver na cadeia lateral “R” que ioniza positivamente, teremos um peptídeo de caráter básico.
Cada proteína tem uma cadeia específica de aminoácidos, que vai lhe garantir uma função particular. Existem milhares de proteínas identificadas com as mais diversas funções biológicas. Dentre elas temos as enzimas, proteínas transportadoras, proteínas estruturais, as motoras, as armazenamento, as receptoras, as sinalizadoras, as proteínas de regulação gênica e outras de finalidades específicas.
Nosso corpo possui muitas proteínas com diversas funções para nos manter vivos. E de onde elas vêm? Elas são sintetizadas em nossas células, a partir dos aminoácidos que podem ser produzidos no corpo, ou ingeridos através de nossa alimentação. Quando ingerimos um polipeptídeo, uma proteína por exemplo, a digestão dela se inicia no estômago. A presença de um ácido forte, ácido clorídrico neste caso, com PH próximo a dois, vai desnaturar esta proteína e enzimas, como a pepsina, vão hidrolisar as ligações peptídicas, resultando em partes menores, para serem absorvidas pelo nosso organismo como unidades de aminoácidos. E a partir daí temos a matéria prima para a síntese de proteínas e outros peptídeos em nossas células.
Quando as proteínas ou peptídeos não são mais necessários, há um processo de clivagem da molécula e a reação é parecida com a digestão: em presença de um ácido ou base forte as proteases vão clivar as ligações peptídias, liberando aminoácidos.
Existem oligopeptídeos e polipeptídeos que apesar de terem pequenos resíduos de aminoácidos, não sendo proteínas, possuem importantes funções biológicas, mesmo em pequenas concentrações. É o caso da gramicidina, antibiótico; da citrulina encontrada na melancia, da ornitina com função no ciclo da ureia; diversos hormônios como a bradicinina e a ocitocina; há também alguns tipos de fungos venenosos que possuem toxinas potencialmente letais como a amanitina.
Referências:
Nelson, D. L; Cox, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5o ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.82-85 p.
http://docentes.esalq.usp.br/luagallo/aminoacidos.html
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