Piscicultura com espécies marinhas

A piscicultura com espécies marinhas iniciou-se há muito tempo atrás (1.400), quando alguns produtores da Indonésia capturavam alguns juvenis de Chanos chanos e estocavam os mesmos em viveiros. Porém somente a partir da década de 60, iniciou-se o desenvolvimento de técnicas de alimentação e manejo na fase de larvas dos peixes (Japão), permitindo a produção em grande escala de algumas espécies. Assim a piscicultura marinha é uma atividade relativamente nova e que vem tornando-se destaque.

No Brasil o cultivo de peixes marinhos surgiu no Nordeste (principalmente Pernambuco) desde o tempo de dominação holandesa durante o século XVII. O litoral brasileiro possui inúmeras vantagens par o desenvolvimento da atividade, porém para incrementar a produção nacional é necessário desenvolver tecnologias principalmente ligadas a reprodução, ofertando assim alevinos no mercado e fomentando a atividade. É preciso também desenvolver técnicas de cultivos mais intensivas que já vem dando alguns resultados em outros países.

-Principais espécies de peixes marinhos cultivados no mundo: Peixe-leite* (Filipinas, Indonésia), Salmão Atlântico* (Noruega, Chile), Salmão Pacífico* (Japão, Chile), Robalo Asiático* (Malásia, Indonésia), Olhete (Japão), Pargo japonês (Japão), Pargo europeu (Grécia, Espanha, Itália), Tainha (Egito, Itália, Israel), Linguado japonês (Japão, Coréia), Linguado europeu (Espanha, França), Robalo europeu (Itália, Grécia, Egito) e Garoupas (Tailândia, Malásia).

*peixes diádromos: peixes que fazem algum tipo de migração entre as águas continentais e marinhas.

A piscicultura marinha pode ser uma alternativa para pequenos produtores aumentarem sua renda (principalmente aqueles que vivem de pesca artesanal), além do que as principais espécies deste tipo de cultivo geralmente têm um maior valor agregado. Porém a piscicultura marinha também pode ser um lucrativo setor da agroindústria, a exemplo do que ocorre na Europa e Ásia. Em nosso país não temos dados precisos quanto a este tipo de cultivo, porém sabe que o Nordeste tem algum tipo de cultivos extensivos.

Os únicos peixes já citados anteriormente que têm hábito alimentar onívoros são o peixe-leite e a tainha, o que significa que a maioria dos peixes marinhos cultivados são carnívoros, consumindo dietas de alto valor protéico e energético o que leva à um peixe de alto valor comercial.

Fontes POLI, C. R.; ARANA, L. V. Aqüicultura: Experiências Brasileiras. 1º ed. Florianópolis-SC: Multitarefa, 2004.

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