Existem muitas espécies vegetais adaptadas para viver no ambiente aquático, tanto dulcícola quanto marinho. Essas plantas aquáticas, ou hidrófitas, podem ocorrer submersas ou na superfície da água e apresentam uma série de modificações morfológicas em relação às plantas terrestres. Macroalgas, por não serem vascularizadas, não são consideradas hidrófitas.
A diversificação de plantas aquáticas está diretamente interligada com o surgimento das angiospermas. Registros fósseis indicam a presença de espécies de lírios d’água no final do Cretáceo, período em que a radiação e ocupação dos mais variados nichos por plantas com flores deve ter acontecido. As flores dos fósseis são muito similares morfologicamente as flores do lírio d’água gigante da Amazônia, porém com tamanho reduzido. Esta semelhança pode apontar a ocorrência das primeiras relações de polinização com insetos já sendo estabelecidas há mais de 90 milhões de anos.
A modificação mais comum entre as plantas aquáticas é a presença do aerênquima. Este tecido especial é extremamente poroso, preenchido com canais de ar, e pode ocorrer nas folhas, raízes e caule. É através do aerênquima que as trocas gasosas entre as porções aérea e submersa do corpo vegetal ocorrem.
As plantas aquáticas podem ser classificadas como:
As hidrófitas são um componente importante dos ecossistemas aquáticos, servindo como recurso alimentar e também como habitat para muitos componentes da fauna e da flora (plantas epífitas podem utiliza-las como suporte). Apesar de possuírem uma baixa relevância econômica, elas são utilizadas para fins paisagísticos e também como alimento em algumas culturas. Estudos recentes têm apontado o valor destas plantas como bioindicadores da qualidade da água e também seu possível uso para captação de poluentes e tratamento de resíduos.
Referências:
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Lienard, A., Boutin, C. and Esser, D., 1990. Domestic wastewater treatment with emergent hydrophyte beds in France. In Constructed wetlands in water pollution control (pp. 183-192).
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