A Teoria populacional Neomalthusiana é uma teoria demográfica que se baseia em fundamentos ligados ao malthusianismo, surge nas primeiras décadas do século XX, e ganha mais influência após a Segunda Guerra Mundial. A Teoria Neomalthusiana acredita que o alto índice populacional presente nos países subdesenvolvidos (assim vistos na época) era o principal fator para que o país possuísse baixa renda per capita, consequentemente baixa economia e até mesmo estado de miséria.
Essa teoria surge após estudos demográficos no período pós-guerra, principalmente durante a década de 1950, em relação as bases tecnológicas, desenvolvimento da medicina, entre outros avanços que ocorriam nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, acompanhando a implantação do capital transnacional, diminuindo a mortalidade infantil, porem esses países continuavam com as taxas de natalidade em alta, gerando uma explosão demográfica. Esses teóricos analisavam esse crescimento como algo alarmista e catastrófico, assim como na teoria Malthusiana, argumentando que o mesmo deveria ser barrado para que não se esgotassem os recursos naturais disponíveis, que poderiam desaparecer em algumas décadas.
Outro fator que os Neomalthusianos abordavam em relação ao crescimento demográfico acelerado nos países menos desenvolvidos e em desenvolvimento, era que a juventude seria um peso econômico para o Estado, uma vez que o mesmo deveria investir em educação e em saúde pública, ao invés de investir em recursos produtivos. Sendo assim, apoiavam todas as formas de diminuir as taxas de natalidade, desde métodos malthusianos como a abstinência sexual, casamentos tardios, e com fatores como o uso de métodos anticoncepcionais fornecidos pelo próprio governo, como a distribuição de preservativos, que agora seriam aceitos para a diminuição dos nascimentos, e até mesmo o aborto seria cogitado, a realização de cirurgias como a ligadura das tubas uterinas e vasectomia, a utilização de diafragmas e DIU’s também foram apoiadas para a redução populacional.
Diversos países modernizaram a teoria malthusiana e suas concepções morais, a modo de empreender campanhas populacionais para a redução da natalidade. A Planificação Familiar foi a mais efetiva atingindo todos os países subdesenvolvidos. Propondo que os governos adotem uma política rigorosa de controle populacional dirigida por organismos estatais ou privados com sede em países mais desenvolvidos. A instituição que esteve à frente dessas políticas, se tornando símbolo, é a International Planned Parenthood Federation (IPPF), conhecida no Brasil como Federação Internacional para o Planejamento Familiar, com sede em Nova Iorque.
Existem estudos que buscam entender a real utilização do neomalthusianismo, acreditando ser para a barragem de imigrações nos países mais desenvolvidos, outros que acreditam ser para tirar a culpa desses países mais desenvolvidos do atual estado de miséria que deixaram os menos desenvolvidos desde o período colonial com a exploração em massa dos mesmos. Não se sabe de fato o que levaram os neomalthusianos desenvolverem essa teoria demográfica, mas compreende-se que a mesma trouxe políticas que auxiliaram os países em desenvolvimento a terem uma redução de suas taxas de natalidade e consequentemente com avanços econômicos mundiais, uma vez que há maior investimento nos setores industriais, elevando o desenvolvimento desses países, que hoje são compreendidos como países em desenvolvimento.
Bibliografia:
ALMEIDA, Mauricio de – Geografia Global 2 – São Paulo: Escala Educacional, 2010.
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