Os Crátons são estruturas geológicas antigas, formadas por rochas que têm sua gênese na era Pré-cambriana, quando da consolidação da litosfera, há bilhões de anos. São constituídas por rochas com elevada densidade e grande estabilidade tectônica. Ocupam aproximadamente um quarto das terras emersas. A palavra cráton tem origem no idioma grego: “kratos”, que pode ser entendido como “força ou rigidez”.
A estrutura geológica de um lugar da superfície terrestre se caracteriza pelas características das rochas que o compõem (idade e origem) e pela forma com estão dispostas. Fatores internos e externos que agiram sobre essa estrutura no decorrer das eras geológicas determinam a constituição atual dessas estruturas e o relevo que elas apresentam.
De forma geral, as estruturas geológicas podem ser divididas e três tipos:
Este último, que conheceremos melhor neste artigo, pode ser subdividido em:
Os Crátons são as estruturas mais antigas da litosfera terrestre. Formaram-se a partir da consolidação da Terra. O planeta Terra antes do resfriamento, foi uma esfera incandescente, recoberta por uma camada de rocha líquida (magma ou lava). No decorrer dos períodos geológicos foi arrefecendo e se transformando em rochas sólidas.
Com o passar dos milhões ou bilhões de anos, essa estrutura submetida à pressão das camadas superiores e à temperatura interna e externa, foram ganhando densidade e estabilidade. Transformando-se nas estruturas mais sólidas e resistentes da crosta terrestre. Uma característica de classificação dos Crátons é não estar submetido a eventos tectônicos por pelo menos 100 milhões de anos. Portanto, são estruturas em que o acontecimento de terremotos e vulcanismo não ocorre.
Os crátons são as formações constituídas há bilhões de anos e que ganharam estabilidade e tornaram-se densas. As rochas que constituem as estruturas cratônicas na atualidade são as:
As estruturas cratônicas podem ser classificadas em dois subtipos:
Também chamados de Maciços Antigos, são formações que aparecem sem estarem recobertas por outro tipo de estrutura. É uma região extremamente desgastada por processos erosivos uma vez que o período de exposição aos agentes intempéricos – calor, chuva e vento – durou no mínimo milhões de anos. Nestas estruturas, os processos de desagregação são superiores aos de deposição. Nos Escudos Cristalinos é que ocorre a formação de minerais metálicos de alto interesse econômico como o ouro, o cobre, o ferro, o manganês e outros.
As Plataformas são Crátons recobertos por uma camada de material sedimentar. Em geral apresentam um formato plano ou côncavo em que os materiais de áreas superiores foi sendo depositado sobre a estrutura rígida. As bacias sedimentares, em alguns casos estão sobre as plataformas. Nas plataformas, os processos de deposição superam os de desagregação, portanto há acúmulo de materiais em sua superfície.
No Brasil, temos o Cráton Amazônico, onde está situado o Planalto das Guianas e é recortado pela Planície do Amazonas e o Cráton do São Francisco, na Região Nordeste do País. Uma pequena porção no sul do país, no Rio Grande do Sul é abrangida pelo Cráton do Rio da Prata.
Cráton, na Geologia também pode ser entendido, de acordo com autores como FLEURY como apenas o núcleo dos escudos cristalinos. Enquanto o escudo cristalino seria uma porção continental ou uma grande parte de um continente, o cráton corresponde somente ao núcleo estável situado no interior do escudo. Sua constituição se restringe às rochas graníticas. A estrutura que circunda o núcleo é composta por rochas mais recentes e de alta metamorfização.
Fontes:
GEOTECTÔNICA - TECTÔNICA GLOBAL Prof. Eduardo Prof. Eduardo Salamuni AULA 6: AMBIENTES TECTÔNICOS TIPOS TECTÔNICOS – TIPOS CRUSTAIS E LITOSFÉRICOS – Disponível em: http://www.neotectonica.ufpr.br/aula-geotectonica/aula6.pdf
FLEURY, José Maria. Curso de Geologia Básica. Editora da UFG. Goiânia, 1995.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geologia/cratons/
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